PM deve chegar em até cinco minutos a escolas de SP com ‘botão do pânico’, diz secretário de Educação
Aplicativo é implementado pela prefeitura a partir desta quinta nas unidades educacionais públicas e particulares da cidade; segundo Fernando Padula, mecanismo ficará disponível apenas para profissionais, e não para alunos
A prefeitura de São Paulo lança um aplicativo de segurança chamado Alerta SP, que deverá funcionar nas escolas do município como botão de alerta em caso de violência. O aplicativo será implementado em 4.000 escolas das redes públicas e privadas da capital paulista a partir desta quinta-feira. Segundo o secretário municipal de Educação, Fernando Padula, o botão estará disponível para os diretores, assistentes de direção e coordenadores das escolas em um primeiro momento e, depois, para todos os profissionais de educação. “Não é disponibilizado para os alunos, mas para o diretor, o vice, o coordenador pedagócios e, em um segundo momento, para todos os professores”, disse Padula em entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quinta-feira, 20. Ele ainda informou que, após conversas com as forças de segurança, chegou-se ao objetivo de que, após o botão ser acionado, em alguma eventual ocorrência, os agentes estejam na unidade educacional em até cinco minutos. “A ideia é que, com o botão, em, no máximo cinco minutos, de três a cinco minutos, a viatura esteja na escola para atuar no caso desse botão. O nosso grande objetivo é que o botão não seja acionado, que a gente tenha ações de proteção à escola. Também foi criado um comitê que junta assistência social, saúde, direitos humanos, segurança urbana, educação, para ações da promoção da cultura de paz, ações visando atuar com a saúde mental, trabalhando contra o bullying, contra o racismo, para evitar essas situações de violência”, declarou o secretário.
“Por um lado, vamos intensificar rondas escolares, quer seja da Polícia Militar ou Guarda Civil Metropolitana, como o prefeito Ricardo Nunes anunciou, e também criar protocolos. Um protocolo de alerta, de ameaça, e um protocolo em caso de ocorrência, como deve ser esse acionamento. O botão serve justamente para isso, para que a diretora, coordenadora pedagógica, ou o vice-diretor, que aqui em São Paulo se chama assistente de direção, possam instantaneamente acionar a Guarda Civil Metropolitana, que faz a mobilização integrada com a Polícia Militar, da viatura mais perto. O botão nasce com o desejo de que não seja usado. Nós não queremos que seja usado. São ações preventivas. A tônica é a mediação de conflito, fortalecimento do grêmio, trabalhar com a comunidade escolar – temos o programa Mães Guardiãs, que atuam nas escolas, no trabalho de busca ativa escolas, o que aproxima a comunidade da escola – a cultura de paz. Essas ações devem ser permanentes. A escola como um local seguro, de aprendizagem. Nós já perdemos muito tempo durante a pandemia com escolas fechadas e, agora, nós não podemos perder para a violência. Temos que ter as escolas abertas, funcionando como locais de paz e seguros”. completou.
O secretário destacou que o trabalho da prefeitura vem sendo feito com foco na prevenção de novos casos de violência e na promoção da cultura de paz nas escolas, mas ressaltou ainda que a gestão municipal segue a pasta da Segurança e que, caso os especialistas entendam que a abordagem precisa mudar, novos elementos poderão ser implementados para aumentar a segurança. “Nós trabalhamos no sentido da prevenção. Toda a literatura que temos hoje mostra que o que funciona a longo prazo para melhorar essa situação não é colocar detetor de metal, porta giratória, catraca, mas ações de prevenção de violência, de cultura de paz, de imediação de conflito. Assim como na pandemia a gente seguia a Saúde, se em algum momento a Segurança entender que é preciso incluir alguma outra figura de segurança [nas escolas], nós vamos seguir a Segurança, quem entende de segurança pública com esta recomendação. No momento, é ter o porteiro, manter a porta fechada, garantir o acesso só dos alunos, ter e usar o uniforme escolar e atuar colaborativamente e com inteligência com Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana”, disse.
Padula ainda fez um apelo para que as pessoas não compartilhem mensagens com ameaças ou avisos de possíveis ataques com outros pais e estudantes, para evitar a proliferação do pânico, mas que encaminhem às forças de segurança, para que a investigação de prevenção da situação possa ocorrer de maneira adequada: “A proliferação de pânico por mensagens de WhatsApp, que todos os pais, de alunos de escolas públicas e particulares, receberam nos últimos tempos, principalmente no fim de semana anterior. Todas essas ameaças, primeiro: segure o dedinho. Não espalhe essas ameaças para outras pessoas. Encaminhe para as forças de segurança! Ou pelo link do Ministério da Justiça ou pelo aplicativo do 190 do governo do Estado, para que a delegacia de crimes cibernéticos, para que as forças de segurança, Polícia Federal, polícia estadual, consigam fazer a investigação, separar o que é fake news do que pode ser, eventualmente, um provável ataque, e consigam atuar preventivamente, como forças de segurança”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.