Polêmica, exumação de general Franco deve ser resolvida após decisão da Suprema Corte espanhola

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 03/01/2019 09h13
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EFE A intenção é fazer o que o chefe de governo Pedro Sánchez chama de correção histórica ao retirar Franco do monumento Valle de los Caídos

Mais de 40 anos depois de sua morte, o general Francisco Franco segue gerando polêmicas e debates acalorados na Espanha. O governo de Madri tenta desde o ano passado exumar os restos mortais do ditador que é responsável pelas mortes de milhares de pessoas.

A intenção é fazer o que o chefe de governo Pedro Sánchez chama de correção histórica ao retirar Franco do monumento Valle de los Caídos, onde estão os corpos de milhares de vítimas da guerra civil espanhola.

Acontece que para isso será preciso entrar na basílica erguida no local e, portanto, o consentimento da igreja católica é necessário. A instituição, por sua vez, decidiu afrontar a decisão polêmica do governo e até agora não permitiu o acesso das forças oficiais que irão executar a exumação.

O pároco de Valle de los Caídos afirma que sem a autorização da família do general não pode permitir a exumação. E os parentes do general, por sua vez, não concordam em transferir o corpo a não ser que ele seja levado para uma catedral no coração de Madri.

Todo o impasse vem sendo discutido há meses na Espanha e o tom do governo é de que a exumação será realizada mais cedo ou mais tarde.

Mas os indícios são de que o caso só será resolvido mesmo após uma decisão da suprema corte espanhola.O governo de Pedro Sánchez tornou a exumação de Franco como uma de suas metas.

A alegação é de que a história precisa ser contada da forma como ela ocorreu – e sendo assim, o general, provavelmente a figura mais atroz da história recente espanhola, não pode ser homenageada de nenhuma forma.

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