Polícia ainda procura suspeito de dirigir van utilizada para atropelar dezenas de pessoas em Barcelona

  • Por Jovem Pan
  • 21/08/2017 10h03
EFE O marroquino Younes Abouyaaqoub, de 22 anos, foi identificado como o motorista do atentado que deixou ao menos 13 pessoas mortas na Rambla

A polícia da Espanha confirmou mais uma morte nos atentados da Catalunha na semana passada. No total foram 15 vítimas fatais, todas já identificadas. São seis espanhóis, três italianos, dois portugueses, um belga, um americano, um canadense e um australiano-britânico.

A polícia ainda procura o suspeito de dirigir a van usada para atropelar dezenas de pessoas em Barcelona na semana passada.

O marroquino Younes Abouyaaqoub, de 22 anos, foi identificado como o motorista do atentado que deixou ao menos 13 pessoas mortas na Rambla.

Mais de 800 barreiras policiais foram montadas nas estradas da região e as operações antiterror foram triplicadas. Só que até agora o suspeito não foi encontrado.

A polícia reconhece que a essa altura Younes pode ter cruzado a fronteira do país com a França.

Apesar do paradeiro incerto do suspeito de terrorismo, as autoridades locais afirmam que não há riscos para a população. As operações dos últimos dias neutralizaram a ameaça, pelo menos desse grupo.

As investigações até aqui mostram que o atentado na Rambla foi apenas parte de um plano maior de uma célula instalada na Catalunha.

A ideia era de criar uma série de ataques a bomba na região. A polícia encontrou cerca de 120 botijões de gás numa casa que era utilizada pelos jihadistas.

Uma explosão acidental na véspera, no entanto, fez com que os terroristas abortassem o plano original e antecipassem o ataque com uma ação improvisada, que terminou no atropelamento em massa.

A polícia espanhola também está investigando a possível participação de um imã no planejamento do ataque.

O líder religioso Abdelbaki Es Satty atuava na cidade de Ripoll e é considerado como o cabeça da célula terrorista.

A polícia acredita que ele morreu na explosão acidental que ocorreu na casa usada como base pelos jihadistas.

Es Satty cumpriu pena de quatro anos de prisão por tráfico de drogas e acredita-se que ele tenha sido radicalizado durante esse período em um presídio da Catalunha.

Algo que se for confirmado adiciona mais uma camada de complexidade para o combate ao terrorismo na Espanha e seria bastante semelhante ao que já se registrou em outros países europeus, principalmente a França.

As autoridades espanholas também confirmaram que um menino de apenas sete anos de idade está entre os mortos do ataque em Barcelona.

Julian Cadman era britânico e morava na Austrália. Ele estava passeando na cidade ao lado da mãe, que ficou gravemente ferida e está hospitalizada.

Confira as informações do correspondente da Jovem Pan na Europa, Ulisses Neto:

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