Polícia espanhola investiga se autor intelectual de ataques era imã de célula terrorista
Polícia da Catalunha ainda investiga se autor intelectual dos ataques na Espanha era o imã Abdelbaki Es Satty. O líder religioso da mesquista de Ripoll foi identificado como um dos corpos encontrados na casa que explodiu em Alcanar.
O local servia de esconderijo para os terroristas, que planejam ataques com botijões de gás, bombas e explosivos.
O plano acabou frustrado um dia antes do atentado nas Ramblas por causa da explosão acidental de uma parte do material.
O imã de 40 anos é suspeito de ter recrutado e doutrinado o grupo de doze jovens que cometeu os ataques em Barcelona.
Fontes da investigação apontam que o religioso era ligado ao salafismo, uma corrente mais rigorosa do islamismo que tem viés violento. Es Satty também já ficou preso quatro anos por tráfico de drogas, e teve problemas com a situação legal de estadia na Espanha.
No total, oito supostos terroristas ligados ao atentado foram mortos e outros quatro estão presos.
Após 96 horas de fuga, Younes Abouyaaqoub foi morto nesta segunda-feira, a 50 quilômetros de Barcelona. Quando abordado por policiais, o rapaz abriu a jaqueta e mostrou um suposto cinturão de explosivos falsos, gritando “Alá é Grande”.
Ele era o motorista da van branca responsável pelo atropelamento na Rambla que terminou com 15 mortos e dezenas de feridos.
A notícia foi dada pelo chefe de governo da Catalunha, Carles Puigdemont, que aproveitou para elogiar os serviços de segurança da Espanha. Ele agradece “a eficiência dos Mossos D’Esquadra, que realizaram a ação com descrição e profissionalismo, e também com colaboração e coordenação com o resto das forças de segurança espanhola”.
A polícia diz que não há indícios de que mais suspeitos façam parte da célula terrorista responsável pelos ataques.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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