Polícia Federal mira fraudes no combate à pandemia em Guarulhos
São duas linhas de investigação para descobrir como o dinheiro que veio do governo federal para tratar doentes foi desviado na cidade
Após mandados de busca e apreensão realizados nesta quarta-feira, 21, o delegado de repressão a corrupção Fabricio Alonso Martinez disse que o próximo passo é estudar os dados recolhidos para encontrar o caminho do dinheiro, descobrir e responsabilizar os corruptos. São duas linhas de investigação para descobrir como o dinheiro que veio do governo federal para tratar doentes foi desviado na cidade de Guarulhos, que é vizinha à capital São Paulo. Foram realizados 23 mandados de busca e apreensão no Estado, em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O delegado Márcio Magno explicou que as operações Florença e Covil-19 foram deflagradas ao mesmo tempo porque havia alvos comum.
“Ambas as operações, elas visaram o combate ao desvio de recursos públicos oriundo grande parte de verbas federais para combate a pandemia do Covid-19.” A investigação começou depois que o Tribunal de Contas da União identificou suspeita de irregularidades envolvendo contratação de empresas privadas para prestação de serviços ao Hospital de Campanha de Guarulhos, bem no início da pandemia, em março do ano passado. De acordo com os documentos, R$ 53 milhões foram usados para contratos que envolviam desde a montagem da estrutura do hospital até o fornecimento de serviços médicos. Segundo a polícia, a maior parte do valor foi para uma empresa de pequeno porte em Minas Gerais que não tinha condições de arcar com o contratado. A Secretaria de Saúde de Guarulhos diz que os contratos seguiram a legislação.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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