Polícia interdita clínica no RS que aplicava vacinas irregulares e prende proprietária

  • Por Jovem Pan
  • 16/02/2018 07h21 - Atualizado em 16/02/2018 07h22
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Divulgação/Polícia Civil A Polícia Civil gaúcha interditou uma clínica de vacinas suspeita de aplicar doses violadas ou que nem mesmo eram de vacinas contra a febre amarela

A Polícia Civil gaúcha em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos, interditou uma clínica de vacinas suspeita de aplicar doses violadas ou que nem mesmo eram de vacinas contra a febre amarela.

A dona da Vacix Clínica, cujo nome não foi divulgado, foi presa na sede da empresa, na área central da cidade, e encaminhada ao Presídio Feminino na Capital Gaúcha no começo da manhã desta quarta-feira (14).

Em coletiva de imprensa, a Polícia informou que recebeu denúncias na semana passada de que estariam sendo aplicadas doses abertas e até sem o líquido da vacina, indicando violação do material. Seriam doses importadas, as que clínicas privadas podem aplicar.

Em entrevistam a emissoras de rádio, o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que há diversas irregularidades na operação da clínica. Ele disse ainda que o estabelecimento aberto em outubro de 2016 poderá continuar fechado.

A Secretaria orienta que quem tomou vacina na clínica deve procurar a Polícia para verificar a efetividade da dose.

A proprietária já tinha pedido de prisão decretada desde a semana passada, mas estava fora do Estado. A Polícia aguardou o retorno para executar a ordem na manhã desta quarta-feira.

Em geladeiras onde são guardadas as doses, os policiais e a Vigilância Sanitária encontraram doses abertas e com lacre violado junto a vacinas lacradas. Na tarde de quinta-feira, a Secretaria de Saúde conseguiu identificar pessoas que tomaram a dose da vacina através dos computadores da empresa e está entrando em contato com elas.

Segundo o secretário, na clínica, também há suspeita envolvendo a origem de doses de vacinas contra Meningite B e Meningite Quadrivalente ACWI, que eram aplicadas em pacientes no estabelecimento.

A proprietária da clínica foi presa preventivamente e responderá por crimes contra as relações de consumo e contra a saúde pública.

*Informações do repórter Sandro Sauer

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