Polícia investiga demora para permitir buscas por menino no Metrô de SP

  • Por Jovem Pan
  • 05/01/2019 08h44
Reprodução/Wikimedia commons Menino morreu ao se perder da família e ser atingido por trem

O Metrô de São Paulo demorou uma hora para autorizar as buscas pelo menino Luan, de 3 anos, que foi encontrado morto nos trilhos da Linha 1 – Azul no dia 23 de dezembro. Segundo um relatório do Sindicato dos Metroviários, os seguranças tiveram de esperar 61 minutos para entrar no túnel e procurar pela criança. A investigação está sob sigilo.

Três funcionários prestaram depoimento à polícia e disseram que procuraram por Luan assim que foram informados que ele tinha se perdido da família. Eles ainda disseram que os agentes só entraram no local depois que a energia elétrica foi desligada num trecho de 4 km entre as estações Vila Mariana e Saúde nos dois sentidos.

Segundo a entidade, o relatório da empresa mostra que a companhia recebeu uma mensagem de texto às 11h10 dizendo que uma criança tinha desembarcado sozinha na estação. Em um primeiro momento, a procura foi na plataforma, no mezanino e em um shopping que fica em cima da estação Santa Cruz.

A primeira pessoa a ver o garoto nos trilhos foi o maquinista de um trem, que indicou ter visto o menino no meio da via, em um vão entre os dormentes.

O Sindicato dos Metroviários, ao analisar o caso, afirma que o Metrô preza a excelência e eficiência da operação, mas deveria prezar também a possibilidade do garoto estar nos trilhos quando o caso ocorreu. O Sindicato relata que há falta de funcionários e defende que a portinhola que dá acesso à passarela de emergência no interior do túnel deva ter uma trava que a mantenha fechada ou que um sensor de alarme sonoro seja instalado para chamar a atenção de funcionários ou usuários para o fato de que alguém está entrando.

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