Polícia prende suspeito de disparar tiro que vitimou menino na noite de Ano Novo em SP

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2018 05h55 - Atualizado em 03/01/2018 09h45
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Arquivo Pessoal Ele negou a autoria do crime, mas teve a prisão temporária por 30 dias requerida à Justiça

Polícia prende suspeito de disparar tiro que matou menino na noite de Ano Novo na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo. O suspeito, que não teve a identidade revelada, foi detido na noite desta terça-feira (02) e passou a madrugada prestando depoimento ao delegado Antônio Sucupira Neto, titular do Octogésimo Nono Distrito Policial, do Portal do Morumbi.

Ele negou a autoria do crime, mas teve a prisão temporária por 30 dias requerida à Justiça.

Segundo a Polícia, o suspeito teria efetuado seis disparos para o alto em horário próximo ao do crime com um revólver 38, mesmo calibre da bala que atingiu a cabeça do garoto Arthur Aparecido Bencid Silva, de cinco anos.

Arthur foi ferido quando brincava de bolhas de sabão com outras crianças no quintal e caiu no chão, com um sangramento na cabeça. Os pais do menino tiveram dificuldades para obter uma vaga em UTI pediátrica em vários hospitais públicos e particulares e, após horas sem atendimento, ele acabou morrendo no Hospital Geral de Pirajussara, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

O homem detido sob suspeita de autoria do crime havia sido preso por porte ilegal de arma no dia em que Arthur foi baleado e foi solto no dia 1º deste mês, após passar por audiência de custódia e pagar R$ 500 de fiança.

O suspeito se disse inocente e afirmou que, no horário em que efetuou os disparos, se encontrava no Jardim das Imbuias, em Parelheiros, na Zona Sul, a 20 quilômetros da residência onde o menino estava. Também disse que estava acompanhado de três amigos que poderão confirmar as informações.

Já a Polícia Civil diz suspeitar que os tiros tenham sido dados mais próximos à casa onde o garoto se encontrava. Além disso, em interceptação telefônica, em outra investigação, duas pessoas disseram que o suspeito estava preocupado com a repercussão do caso.

Ele também teria entrado em contradição sobre os fatos no momento em que foi detido pelos PMs por porte de arma. Teria dito quer o revólver estava sob o banco, enquanto que os policiais afirmaram que ele tentou se livrar dele, jogando pela janela do carro.

Segundo o delegado Sucupira Neto, será solicitado confronto balístico com o projétil retirado da cabeça do menino, para saber se saiu daquela arma.

Caso dê negativo, o suspeito será libertado, e as investigações prosseguirão.

*Informações do repórter Paulo Édson Fiore

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