Polícia retoma investigação do acidente de Marília Mendonça após quase um mês parada

Segundo o delegado de Caratinga, impasse jurídico que adiou apuração não prejudicou o trabalho policial; não há previsão para conclusão do caso

  • Por Jovem Pan
  • 06/05/2022 12h08
Charles Johnson/Myphoto Press/Estadão Conteúdo - 18/05/2019 De jaqueta branca camiseta preta e olhos fechados, Marília Mendonça canta no palco Cantora Marília Mendonça morreu aos 26 anos em acidente aéreo

As investigações das causas da morte da cantora Marília Mendonça ficaram paradas por quase um mês devido ao chamado conflito negativo de competência. Isso significa que nenhum dos dois juízos, o federal e o estadual, se declararam competentes para julgar o caso. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi acionado e decidiu, na semana passada, que a justiça estadual deve julgar o caso. Com isso, fica determinado que a polícia civil de Minas Gerais é que deve ficar a frente das investigações.

O delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, garantiu que as apurações não foram prejudicadas durante o período. “Durante esse período, a investigação teve o seu curso normal, com conclusão de laudos periciais, expedição de ofícios e oitivas de testemuhas. Durante esse período de análise do STJ, não houve nenhum prejuízo para a investigação, tendo em vista que essa investigação perpassa por dois órgãos, a polícia civil e a Força Aérea Brasileira. Embora sejam órgãos independentes, com investigações autonomas, elas se complementam na medida em que a polícia civil encaminha elementos informativos para a FAB e a FAB encaminha laudos periciais da aeronave para a polícia civil”, disse.Nos próximos dias, a polícia civil deve pedir à FAB o encaminhamento dos laudos concluídos. Marília Mendonça e outras quatro pessoas morreram em um acidente de avião em Caratinga, no Vale do Rio Doce, o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da artista, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarcísio Viana.

O acidente completou seis meses. Até o momento, as investigações afirmam que todos foram vítimas de politraumatismo contuso em consequência do choque do avião com o solo. Os exames toxicológicos e de teor alcoólico deram negativos. Um piloto que pousou 20 minutos depois do acidente e se comunicou com a aeronave de Marília disse á polícia que não ouviu no rádio nenhum relato de problema técnico. Uma das hipóteses é que o avião se chocou com linhas de torre de distribuição da companhia energética de Minas Gerais. Um cabo foi encontrado enrolado na hélice da aeronave. Outra linha de investigação busca descobrir se houve problemas nos motores. Não há previsão de conclusão das apurações.

*Com informações da repórter Nanny Cox

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.