‘Política monetária do país prejudica a política fiscal’, diz líder partidário na Câmara
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Reginaldo Lopes também comentou sobre a autonomia do BC
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou na manhã desta segunda-feira, 31, que o Banco Central (BC) continuará com autonomia após Márcio Pochmann, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), defender um debate no Senado para rever as decisões da autarquia. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados afirmou que, apesar da “política monetária do país prejudicar a política fiscal”, a autonomia do BC, presidido por Roberto Campos Neto, será mantida. “Acho que o Banco Central continuará com autonomia. Agora, evidente que a política monetária do país prejudica a política fiscal. Não tem nenhuma base do ponto de vista da teoria econômica que justifica essas altas taxas de juros [atualmente em 13,75%]. A nossa instabilidade política, fiscal e social é muito melhor no Brasil quando o Banco Central praticava uma taxa de 2% de taxa Selic. O nosso endividamento é mais de 96% em moeda nacional. Então não justifica”, comentou. O atual governo critica a taxa básica de juros desde o início do mandato. No último fim de semana, Márcio Pochmann fez uma série de críticas ao Banco Central e ao Congresso Nacional. Durante uma live do grupo ‘Prerrogativas’, Pochmann defendeu um debate no Senado para rever a autonomia do Banco Central. O economista também classificou o BC como uma “caixa-preta”.
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