População não vacinada contra a febre amarela apresenta um “alto risco”, diz OMS
A Organização Mundial da Saúde afirmou que a população não vacinada contra a febre amarela apresenta um “alto risco”. O comunicado divulgado nesta segunda-feira (22) afirma que o número alto de pessoas não vacinadas é um perigo elevado para a mudança no padrão de transmissão atual.
Mesmo com o alerta, a OMS ressaltou que não há casos de febre amarela transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue.
De acordo com o infectologista Ralcyon Teixeira, do Hospital Emílio Ribas, a não existência de casos mostra que a febre amarela urbana não é uma realidade: “veja, o risco hoje é baixo. Faz trabalho preventivo de bloqueio vacinal. Precisaria de Aedes picar homem com febre amarela e o vírus se replicar no mosquito e ele virar vetor”.
Para a OMS, a campanha de vacinação em massa, do governo federal, “provavelmente será caracterizada por desafios logísticos significativos”.
O infectologista Edimilson Migoviski, presidente do Instituto Vital Brasil e professor da URFJ, afirmou que o Brasil está preparado para conter surtos: “o Brasil com as campanhas de vacinação há mais de 40 anos. Quando você fala de Estados como RJ, SP e BA, não é a mesma complexidade de logística do que vacinar na região amazônica, onde a vacinação é disponível há décadas”.
O comunicado da OMS ainda alertou que casos próximos a grandes cidades, como São Paulo, são preocupantes.
A capital paulista não teve registro de humanos infectados pela doença, mas registrou mortes de macacos em áreas como o Horto Florestal, na zona norte.
A campanha de vacinação foi antecipada em São Paulo para o dia 25, feriado de aniversário da cidade.
O secretário de saúde do município, Wilson Pollara, reforçou o pedido para que apenas quem mora ou precise ir para locais de risco, tome a vacina:
A Organização Mundial da Saúde mantém a recomendação de vacina a todos os viajantes internacionais com destino a qualquer área do Estado de São Paulo.
A campanha de vacinação contra a febre amarela pretende imunizar quase vinte e dois milhões de pessoas no Rio, em São Paulo e na Bahia.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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