Por conta da crise, assessores econômicos de candidatos seguem sob holofotes
A crise econômica enfrentada pelos brasileiros nos últimos anos gerou um cenário ímpar para o período eleitoral. Com as campanhas presidenciais avançando a todo o vapor, os holofotes passaram a ser divididos entre candidatos e assessores econômicos.
Nomes escolhidos para possivelmente assumir o Ministério da Fazenda passaram a ganhar destaque após longo período de recessão que deixou graves feridas na população, como altos índices de inadimplência e quase 13 milhões de desempregados.
O futuro responsável por curar esses traumas dos cidadãos terá que pensar em solucionar os gargalos econômicos que também atormentam os brasileiros, como o rombo fiscal e a reforma da Previdência.
Essa tamanha importância dada aos assessores econômicos tem relação com a busca por credibilidade ao próximo ministro da Fazenda.
É o que pensa o cientista político Bolivar Lamounier. Para ele, o Governo de Itamar Franco é um exemplo de gestão em que o Ministério da Fazenda teve mais destaque que o próprio presidente.
O responsável pela economia, porém, deve ser um dos termômetros de governabilidade nos próximos quatro anos, já que muitos dos desafios dependem da aprovação do Congresso Nacional.
O economista Ricardo Amorim ponderou o grau de promessas dos candidatos que aparecem à frente nas pesquisas de opinião com a possibilidade de execução. Para ele, os assessores econômicos aparecem como grandes fiadores de confiança.
Enquanto não há uma definição, o mercado financeiro continua reagindo às pesquisas de intenção de voto. Nesse cenário, as promessas envolvendo ou desprezando questões estruturais do país acabam sendo determinantes para a oscilação da bolsa e do dólar, o que gera ainda mais insegurança para o Brasil.
Confira a cobertura completa das Eleições 2018
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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