Por eleição indireta, Cuba amplia poderes de Diaz-Canel e reafirma socialismo
Depois da primeira reforma constitucional em quase 50 anos, a Assembleia Nacional de Cuba elegeu, nesta quinta-feira (10), Miguel Diaz-Canel como presidente da República. O cubano já exercia o cargo máximo de presidente dos Conselhos de Estado e Ministros, ocupado por Fidel Castro e, posteriormente, pelo irmão, Raúl Castro.
Díaz-Canel vai liderar o país por cinco anos, com possibilidade de mais um mandato. O agora presidente afirmou que as prioridades do governo serão combustíveis, comida e o pagamento de dívidas.
Apesar das mudanças, o socialismo, o partido único e a eleição indireta permanecem. Canel recebeu o apoio dos deputados – eles sim – eleitos pela população em 2018.
A partir do que foi definido pela reforma constitucional em abril deste ano, o presidente ficará a frente da política, relações exteriores e Forças Armadas. Ele não precisa de aprovações do Conselho de Estado e de Ministros que, até então, era o órgão máximo em Cuba.
Diaz-Canel terá três meses para indicar um primeiro-ministro para chefiar o Conselho de Ministros.
O novo governo cubano tem o desafio de reformar a economia da ilha, em um contexto de bloqueios norte-americanos e obstáculos nas alianças internacionais.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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