Por impasse nas negociações, May sugere que transição pós-Brexit seja feita até 2022

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 18/10/2018 09h31
EFE EFE O Reino Unido vai se desfiliar da União Europeia em 29 de março de 2019. Mas isso não significa que ele estará automaticamente fora do bloco já nesta data

Os britânicos acordaram nesta quinta-feira (18) com uma novidade: o país pode permanecer na União Europeia por mais tempo que o imaginado.

A primeira-ministra Theresa May fez a sugestão nesta quarta (17) em Bruxelas, na reunião de cúpula do bloco para tratar do Brexit. May reconheceu que as negociações ainda não alcançaram os resultados esperados e que o processo pode precisar de mais tempo.

O Reino Unido vai se desfiliar da União Europeia em 29 de março de 2019. Mas isso não significa que ele estará automaticamente fora do bloco já nesta data. Haverá um período de transição até o fim de 2020 em que os britânicos ainda vão jogar pelas regras da UE.

Agora, por causa dos impasses nas negociações, May sugere que esse prazo seja estendido ainda mais, talvez até 2022. E era justamente esse o medo dos eleitores pró-Brexit e uma das apostas dos integrantes do mercado financeiro por aqui.

Muita gente imaginava que, diante da impossibilidade burocrática de se desfiliar da União Europeia, o governo britânico simplesmente enrolasse esse processo ad eternum.

O problema é que para aprovar essa extensão no prazo transitório, a primeira-ministra precisa de aprovação do parlamento. E o clima para ela na casa já foi bem melhor que hoje.

Então, dá para concluir dizendo o seguinte: segue tudo certo e nada resolvido em relação ao Brexit que, lembremos, foi uma promessa fantasiosa de campanha eleitoral que jogou uma das maiores economias do mundo num limbo inacreditável.

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