Possível nova denúncia contra Temer deve travar votações na Câmara
No Congresso, a tensão aumenta diante dá expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer.
O cenário político sai prejudicado e pode atrapalhar votações importantes no Congresso. Isso porque, os deputados têm de analisar o pedido do Ministério Público e decidir se autorizam a abertura de inquérito contra o presidente.
A primeira denúncia, por exemplo, atrapalhou a votação da Reforma da Previdência, como afirmou, nesta quarta-feira (13), o ministro chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Antonio Imbassahy: “tivemos aquela denúncia colocada em momento que estávamos com reforma da Previdência em estágio avançado. Aquilo criou ambiente diferenciado e houve retardamento desse processo”.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu que o atraso na votação da reforma não pode ser de responsabilidade do Ministério Público: “uma denúncia acontece em um momento em que os procuradores entendam que ela está madura. Não quero misturar uma coisa com a outra. Obvio que a Previdência já teria sido votada, mas não podemos transferir para os outros as responsabilidades que muitas vezes são nossas”.
Rodrigo Maia falou com a imprensa após um evento de assinatura de um contrato de prestação de serviços financeiros entre a Câmara e bancos públicos.
Esse acordo é uma das medidas anunciadas por Maia para o corte de despesas na Casa. Mas, o que chamou a atenção no evento, foi uma discussão, entre o vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB), e o ministro Antonio Imbassahy.
O peemedebista ficou nervoso durante um evento na Câmara e chamou o ministro, em alto e bom som, de “bosta”, “merda” e finalizou dizendo que Imbassahy “tem o rei na barriga”.
Segundo Fábio Ramalho, a revolta com o ministro ocorreu após o peemedebista ter sido ignorado por Imbassahy em uma reunião no Palácio do Planalto.
*Informações do repórter Arthur Scotti
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