Postos de combustíveis ainda não repassam cortes de preços nas refinarias

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2020 06h28 - Atualizado em 16/04/2020 08h04
Marcelo Camargo/Agência Brasil Homem de camisa vermelha abastece carro De acordo com a Petrobras, no acumulado deste ano, a gasolina já sofreu redução de 48% e o diesel de 35% nas refinarias

Mesmo com movimento setenta por cento menor, os postos de combustíveis no Estado de São Paulo ainda não registram diminuição nos preços após queda nas refinarias.

Na terça-feira (14), a Petrobras indicou que o preço médio da gasolina nas refinarias terá queda de 8%. Com isso, o valor fica em R$ 0,99 o litro; já o Diesel teve queda de 6%, indo a R$ 1,50.

O presidente do Sincopetro, que representa os donos de postos, José Alberto Paiva Gouveia, diz mesmo com a queda no consumo, o repasse não será imediato.

“Veja, o corte chega para alguém, mas para nós não tem chegado com a velocidade que o consumidor exige. Às vezes a gente demora uma semana, 10 dias, 12 dias, pra abaixar o preço da bomba. Não compramos da Petrobras, quem compra é distribuidora. Então a velocidade desse desconto chegar no mercado passa por uma distribuidora de petróleo também.”

O presidente José Paixa prevê algumas mudanças no atendimento nos postos de gasolina quando a pandemia acabar. Para ele, São Paulo pode fazer as mesmas coisas que cidades nos Estados Unidos onde o próprio motorista abastece o carro. O taxista Vanderlúcio de Oliveira até concorda com essa mudança, desde que o frentista trabalhe em outro cargo.

“Isso é natural das coisas, você já vê em estacionamento que não tem mais aquele pessoal que cuida da cancela, em pedágios e em postos pode ser que seja também. Só que eu acho que deveria encaminhar essas pessoas que trabalham para se especializar e prestar serviço no posto, se especializar para ter um futuro dentro do posto que trabalha.”

Apesar do sindicato não prever o repasse da queda de preço nas refinarias, algumas pessoas já sentem diferença na hora de encher o tanque.

O funcionário do TCM Américo Calandriello acredita que alguns estabelecimentos tentam se antecipar de possíveis prejuízos.

“Eu acho deve estar muito difícil esse quadro diário, a gasolina baixou, a gente tem visto que o movimento deve ter diminuído muito. Eu fico feliz sabendo que os proprietários dos postos de gasolina se adequaram a essa situação que o país tem enfrentado com esse coronavírus.”

De acordo com a Petrobras, no acumulado deste ano, a gasolina já sofreu redução de 48% e o diesel de 35% nas refinarias.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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