Pré-candidatos, Maia e Meirelles mostram visões distintas sobre possível união de centro
O presidente da Câmara e pré-candidato ao Planalto pelo DEM, Rodrigo Maia, vê com desconfiança o movimento pela unificação das chamadas candidaturas de centro.
Na última terça (05), parlamentares assinaram um manifesto pedindo a união de diversos partidos em torno de um só candidato, buscando fazer frente ao que classifica como “extremos”, à esquerda e à direita.
Em sabatina ao jornal Correio Braziliense, Rodrigo Maia disse que o problema está na dificuldade em passar essa mensagem para a sociedade. Para ele, o tema soa como uma “conversa de bêbado”: “o problema é que estamos falando muito em centro e temos que compreender que a sociedade não enxerga o centro como nós enxergamos, então fica uma conversa meio que de bêbado”.
Na opinião do presidente da Câmara, o único que se apresentou como pré-candidato e que teria esse perfil de centro seria o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Ele chegou a se lançar pelo PSB, mas desistiu.
Outro postulante ao Planalto, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, do MDB, já pensa diferente. Ele acredita que é possível uma união desse campo político. Mas disse que o ideal é que aconteça em torno da candidatura dele: “possível é, mas tem que ser nome com condição de ganhar eleição. E, neste caso, acredito que nosso nome tem melhor posicionamento”.
Nas pesquisas de intenção de voto, o candidato de centro mais bem colocado tem sido Geraldo Alckmin, do PSDB, mas ocupando apenas um quarto lugar, com menos de dez por cento.
Confira a cobertura completa das Eleições 2018
*Informações do repórter Levy Guimarães
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.