Pré-candidaturas confundem partidos satélites em definição sobre coligações
Os partidos satélites do poder estão tendo dificuldades para definir de que lado estarão nestas eleições. O foco é o Congresso fazer bancadas, só que uma coligação vencedora gera bônus e poder na Esplanada.
As candidaturas dos presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e da República, Michel Temer e do governador Geraldo Alckmin acabaram desorganizando o grupo que sempre esteve do lado do vencedor.
Até no MDB há dúvidas sobre o empenho da candidatura de Temer, que, segundo seus aliados, é definitiva.
O presidente tem, agora, um grande trunfo: vai reformar o Governo. A troca de 12 ministros pode gerar apoio e exigir fidelidade também na campanha. O Palácio do Planalto tenta evitar a pecha de loteamento do Governo pela campanha.
O deputado Beto Mansur garantiu que não haverá pressão do Governo: “o Executivo não vai condicionar apoio ou tempo de TV e rádio no futuro em troca de posições no Ministério. Isso não tem nenhum cabimento. Precisamos colocar na pauta aquilo que interessa para a sociedade”.
Mas o que irrita, mesmo, é a candidatura fantasma de Lula. Ele está impedido de se candidatar pela lei Ficha Limpa, mas, para Mansur, a insistência provoca confusão: “eu espero que o TSE se agilize. Ou decide que ele pode ser candidato ou que não pode ser. Senão estaremos enganado o eleitor. Ou seja, ele faz campanha aí lá na frente o tribunal decide não dar registro ao Lula”.
O empresário Flávio Rocha lançou candidatura no PRB e entrou na disputa. A previsão é de que com tantos pré-candidatos fica difícil fechar coligação grande para aumentar tempo de rádio e TV.
O PT e PCdoB resistem em apoiar Ciro Gomes, do PDT.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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