Prefeitos apostam em medidas alternativas e divergem sobre restrições por coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 20/04/2020 06h52 - Atualizado em 20/04/2020 08h07
  • BlueSky
EFE/Nathalia Aguilar O infectologista Jean Gorynchtein afirma que todas as medidas tomadas são interessantes

Quem desce as escadas da estação de trem de Osasco, em São Paulo, se depara com mais uma medida de proteção ao coronavírus. São as tendas de higienização.

Ao passar pela estrutura, os passageiros são borrifados por um spray desinfetante. Eles são orientados a abrir os braços para que as roupas, os sapatos e os utensílios carregados recebam um jato fino com produtos químicos.

Os pulverizadores liberam no ar uma combinação de hipoclorito de sódio, com extratos vegetais e uma baixa concentração de água.

Segundo a prefeitura de Osasco, o produto liberado dentro das tendas segue as recomendações da OMS e do Conselho Federal de Química. O prefeito rogério lins, diz que o sistema de desinfecção é mais uma oportunidade para as pessoas se protegerem do vírus.

ABC Paulista

Em São Caetano do Sul, a Prefeitura tem medido a temperatura dos moradores da região. De porta em porta, os profissionais de saúde do município ainda disponibilizam testes para o diagnóstico do covid-19.

A secretária municipal de saúde da cidade, Regina Maura, reforça que o atendimento em casa privilegia as medidas contra a disseminação da doença.

O infectologista Jean Gorynchtein afirma que todas as medidas tomadas são interessantes. O médico do Instituto Emílio Ribas explica, no entanto, que as decisões devem ser pautadas de acordo com a realidade de cada município.

Na última semana, o STF reconheceu a competência de estados e municípios em ações de combate ao coronavírus. Com a decisão, governadores e prefeitos estão liberados para estabelecer medidas de isolamento e o fechamento do comércio.

O prefeito de São Bernardo do Campo, por exemplo, tem adotado rígidas restrições de circulação desde o inicio da pandemia. Orlando Morando lamenta a recente troca no Ministério da Saúde, mas espera que o novo encarregado da pasta, mantenha a luta pela vida.

Outras cidades 

Em São Vicente, o prefeito da cidade, Pedro Gouvêa, também afirma que não vai alterar as políticas de proteção adotadas no município. Já o prefeito de Pirassununga, Dimas Urban, teme os efeitos econômicos da manutenção da quarentena no estado até 10 de maio.

No discurso de posse, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que terá foco nas pessoas e que fará um trabalho de parceria com estados e municípios para combater o coronavírus. Ele ainda ressaltou que acompanhará diariamente a evolução do vírus em cada região para dar agilidade à solução dos problemas.

*Com informações do repórter Vinícius Moura

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.