Prefeitura de SP vai adotar política de redução de danos para tratar dependentes químicos
A Prefeitura de São Paulo vai usar a política de redução de danos como método de tratamento para dependentes químicos no Projeto Redenção.
O coordenador do programa, o psicanalista Arthur Guerra, falou da alternativa durante uma audiência pública na Câmara dos Vereadores nesta quinta-feira.
Neste sentido, a gestão Doria incorpora aspectos da gestão Haddad para a iniciativa antidrogas da cidade, o antigo De Braços Abertos.
A redução de danos pressupõe que o uso de entorpecentes não deve ser imediatamente eliminado, mas interrompido aos poucos.
O coordenador do Redenção não descarta, no entanto, o tratamento de pacientes por meio da abstinência.
Arthur Guerra afirmou na audiência que a escolha por um método ou outro fica a cargo do usuário: “é o paciente que escolhe, não o agente de saúde”
A vereadora do PSDB Patrícia Bezerra considerou bem-vindas as mudanças anunciadas por Guerra.
Para a ex-secretária municipal de direitos humanos, a administração não necessariamente admite um erro, mas repensa posturas: “eu não sei se entende como um erro, mas o que importa é que fez uma reflexão, se debruçou em cima do que refletiu e está repensando a política municipal”.
Arthur Guerra disse ainda que o Projeto Redenção tem como meta criar cem vagas de moradia terapêutica e outras quinhentas de leitos hospitalares.
A integrante do Conselho Municipal de Política sobre Drogas e Álcool, Maria Angélica Comis, afirmou que ainda há dúvidas sobre como acontecerá essa acolhida: “a gente não sabe de que maneira as pessoas serão assistidas”.
As ações do Projeto Redenção vêm sendo desenvolvidas desde o começo do ano, a partir de reuniões de representantes do Estado e do Município.
A Prefeitura deve assinar em breve um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público alterando outros aspectos da iniciativa.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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