Prefeitura e Estado lançam projeto para incentivar empreendedorismo em Paraisópolis
O Governo de São Paulo inaugurou nesta quinta-feira o primeiro mutirão do projeto Empreenda Rápido, em Paraisópolis, na zona sul da Capital.
A iniciativa reúne especialistas do Sebrae para auxiliar os moradores da favela a abrir ou ampliar o próprio negócio. Essa ação faz parte do Projeto Comunidades, anunciado pelo governador João Doria em dezembro do ano passado, após a tragédia que deixou nove mortos durante um baile funk. De acordo com o líder comunitário Gilson Rodrigues, os moradores de Paraisópolis serão os maiores beneficiados.
“Para nós é uma iniciativa super importante. Paraisópolis acredita muito no empreendedorismo, porque o morador é o agente de sua própria transformação. Já provamos, a partir de dados concretos, que a economia quando impulsionada na comunidade, ajuda a desenvolver, gerar empregos e oportunidades.”
Governo e prefeitura da Capital investiram 250 milhões de reais no projeto. Esse dinheiro será utilizado para ações de lazer, cultura e serviços na segunda maior favela do estado. Para Patrícia Ellen, secretária de desenvolvimento econômico do Estado, o projeto alimenta o espírito empreendedor de quem vive em Paraisópolis.
”Trazer o Empreenda Rápido para cá tem um simbolismo muito grande. Paraisópolis é uma das comunidades mais empreendedoras da cidade e do Estado. Hoje, são 12 mil estabelecimentos, empresas abertas funcionando aqui, e mais de 20% da população que mora na comunidade trabalha aqui também.”
‘Baile da 17’
O inquérito que investiga as nove mortes em Paraisópolis, no começo de dezembro, aponta que os policiais militares utilizaram ao menos sete bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
Além disso, os PMs teriam disparado oito tiros de borracha durante a ação. As informações foram divulgadas pela TV Globo nesta quinta-feira. Os investigadores refizeram o trajeto dos PMs dentro da favela.
Os 31 PMs envolvidos no esquema já foram ouvidos e seguem fora das ruas. A defesa dos polícias alega que a ação foi legítima.
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