Prefeitura envia projeto à Câmara para criar política sobre álcool e outras drogas
A Prefeitura de São Paulo enviou projeto de lei à Câmara dos Vereadores que cria a política municipal sobre álcool e outras drogas.A administração trata o dispositivo como um Programa Redenção aprimorado.
O executivo estava pronto para lançar a iniciativa por meio de decreto no dia 21 de maio, no aniversário da operação na Cracolândia. O prefeito Bruno Covas diz ter optado pelo projeto de lei para que a política seja um instrumento utilizado ao longo de várias gestões. “Para que possamos ter uma política que não seja deste governo, mas algo de estado que se perpetue”, disse Covas.
O coordenador do Programa Redenção, Arthur Guerra , afirma que a iniciativa quer fazer um raio-X do uso de drogas na cidade de São Paulo, visto que o município possui várias estimativas, mas nenhum estudo de longo alcance sobre o tema. “Na prática, a primeira ação é tirar essa fotografia para saber de fato como é o uso de drogas numa população de 12 milhões de pessoas. Temos diversas estimativas, mas nenhum estudo. Nossa ambição é a cada ano ter uma ‘fotografia’ de como está o uso de drogas”, ressaltou Guerra.
Para o secretário municipal de governo, Júlio Semeghini, a política de álcool e drogas dará mais força para a porta de saída da dependência química. Segundo ele, o projeto vai dar atenção especial às residências terapêuticas.
“É a porta de saída desse projeto. Como vamos dar escala para aquelas pessoas que estiverem cumprindo toda parte de desintoxicação do tratamento. Como eles podem ter acesso para criar a sua própria independência e também ter renda. É exatamente sobre essas novas formas de abrigar que são as residências terapêuticas, chamadas de ‘repúblicas’ e também a oportunidade ao trabalho. . Essas pessoas serão encaminhadas e assistidas”, explicou Semeghini.
A Prefeitura promete ainda capacitar os professores de escolas municipais para oferecerem aos alunos material de prevenção às drogas. A política municipal de álcool e drogas será regida por um comitê gestor formado por sete secretarias.
*Com informações do repórter Tiago Muniz
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