Prefeitura quer fazer conjunto habitacional no local onde prédio desabou em SP
A Prefeitura de São Paulo, o governo do Estado e a União avaliam a possibilidade de construir no mesmo terreno onde ficava o Edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no começo de maio, um conjunto habitacional especificamente destinado às vítimas da tragédia desabrigadas.
O secretário municipal da Habitação, Fernando Chucre, explica que o empreendimento no Largo do Paissandu, centro da capital, deverá ser feito sob uma demanda vinculada. Ou seja, ele não seria projetado para atender a fila da habitação em São Paulo, mas os apartamentos seriam direcionados às pessoas que moravam no local.
“A ideia é fazer um chamamento especial pelo ministério das Cidades de um edifício com demanda vinculada. Ou seja, o edifício já nasce com o vínculo das famílias que residiam no WPA e serão contempladas com as unidades ao final da obra”, explicou, em entrevista exclusiva à Jovem Pan. Chucre disse que “a primeira proposta” é que o conjunto de moradias populares seja construído no mesmo local, mas, se isso não for possível, outras áreas de União, Estado ou Município da região central podem ser utilizadas.
Na próxima semana, representantes dos três entes federativos devem se reunir para avaliar a viabilidade da proposta.
Vistorias
Desde o desabamento no centro, a Prefeitura tem realizado vistorias em outras ocupações na capital paulista. O secretário municipal estima que pelo menos 30 prédios já foram vistoriados. Na maioria deles, garante Chucre, as ocupações não apresentam risco estrutural.
“Não identificamos nenhum (prédio) que tivesse necessidade de desocupação, que as famílias fossem removidas. A maior parte deles, com pequenos investimentos e ajustes em relação à liberação de rota de fuga, extintores, iluminação de incêndio e de emergência nas escadas já seriam suficientes para que as famílias pudessem permanecer no local com o mínimo de segurança”, garantiu.
O desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida deixou pelo menos sete mortos. Outras duas pessoas seguem desaparecidas.
A reportagem é de Tiago Muniz ao Jornal da Manhã:
Do fogo à busca por vítimas: veja imagens da tragédia do Paissandu
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