‘Prejuízo inegável, mas necessário’, diz secretário sobre suspensão de aulas em SP

  • Por Jovem Pan
  • 16/03/2020 09h00
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Além de São Paulo, cidades como o Rio de Janeiro e o Distrito Federal também tiveram aulas suspensas por causa do coronavírus

As escolas de São Paulo terão suas aulas suspensas a partir da próxima segunda-feira (23). Em entrevista ao Jornal da Manhã, o secretário municipal de educação de São Paulo, Bruno Caetano, afirmou que o prejuízo da decisão para a educação é inegável, mas necessário para enfrentar os efeitos do coronavírus no Brasil.

Segundo ele, todas as escolas da rede pública municipal e estadual funcionarão normalmente até sexta-feira (20). A proposta é que, durante este período, os pais e responsável consigam se organizar para o período de suspensão das aulas e evitem deixar os filhos com os avós.

“A recomendação é que as famílias que possuem condições não mandem os filhos (para as aulas), mantendo-os afastado dos idosos também. Ninguém vai tomar falta, ou terão provas que possam prejudicar desempenho acadêmico.”

Além de suspender as aulas, a secretaria também trabalha com a conscientização das crianças. De acordo com Caetano, os colégios receberão nesta terça-feira (17) o “dia D” para o combate ao coronavírus.

A medida visa, por meio de atividades lúdicas, conscientizar os estudantes para que consigam compreender a situação e levar as informações para as famílias.

Medidas

A respeito da possibilidade de atividades a distância, o secretário de educação afirmou que é uma opção para alunos mais velhos, mas que para as crianças é inviável, já que no ensino infantil as atividades estão direcionadas para o desenvolvimento pessoal dos alunos.

A recomendação aos professores, durante esta semana de aulas, é que repassem as boas práticas de saúde para as crianças e tomem os cuidados necessários. Em caso de possíveis alunos infectados pelo coronavírus, os profissionais devem procurar as famílias imediatamente.

As secretarias de saúde e educação estudam ainda nesta semana possíveis ações para manter a alimentação dos alunos durante o período de suspensão das aulas. Segundo Bruno Caetano, os responsáveis não consideram abrir as escolas na hora do almoço como uma opção possível.

“Entendemos que não é a mais adequada, porque faz com que as crianças precisem se deslocar até as escolas, o que queremos evitar. Mas as secretarias estudam opções.”

Além do fechamento das escolas, a cidade de São Paulo também adotou medida para que servidores com mais de 60 anos não trabalhem nos próximos dias.

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