Preocupação aumenta se surgirem casos de coronavírus em pessoas que não viajaram, diz infectologista

  • Por Jovem Pan
  • 26/02/2020 10h18 - Atualizado em 26/02/2020 10h19
EFE/EPA/RUNGROJ YONGRIT Entretanto, o infectologista ressalta que os sintomas não são desculpa para preconceitos

O infectologista professor da UFRJ e presidente do Instituto Vital Brazil, Edimilson Migowski, reforçou a importância de seguir as etiquetas de tosse e espirro, além de reforçar os hábitos de higiene, para evitar a transmissão de diversos vírus — não necessariamente do Covid-19.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele comentou o caso confirmado no Brasil — um homem de 61 anos que esteve na Lombardia. “O trânsito entre o Brasil e a Itália é mais rápido do que entre Brasil e China. Infelizmente, eu acho que surgirão outros casos por aqui — mas torço para que fiquem isolados. A partir do momento que pessoas que não viajaram pegarem, a preocupação aumenta.”

Ele destacou também a importância de se manter longe de aglomerações, principalmente se o indivíduo teve contato com viajantes de regiões com casos confirmados de coronavírus. Nesse caso, ele recomenda, inclusive, a quarentena. “Essa restrição de ir, vir e receber visitas por, pelo menos, 14 dias é uma recomendação.”

Entretanto, o infectologista ressalta que os sintomas não são desculpa para preconceitos. “A pessoa não fica com o coronavírus para sempre. Existe início, meio e fim. É importante lembrar que o vírus não é como uma pulga, não tem pernas. Por isso é importante redobrar os cuidados com a higiene.”

Apesar de ainda não existir antiviral ou vacina para o Covid-19, Migowski lembra que estudos estão sendo feitos. Ele ressalta, por fim, a importância de consumir o antídoto quando ele estiver disponível.

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