Presidenciáveis apresentam alternativas para financiamento da infraestrutura no País

  • Por Jovem Pan
  • 21/08/2018 06h40
Dario Oliveira/Estadão Conteúdo A primeira a falar foi Marina Silva, que afirmou que a chave para estimular investimentos na área passa pela recuperação da credibilidade do país

Presidenciáveis apresentam alternativas para o financiamento da infraestrutura que passam por reformas da Previdência, tributária e uso de reservas internacionais.

Cinco candidatos ao Palácio do Planalto participaram nesta segunda-feira (20) de um fórum em São Paulo promovido pela Abdib, associação que reúne as indústrias de base.

A primeira a falar foi Marina Silva, que afirmou que a chave para estimular investimentos na área passa pela recuperação da credibilidade do país.

A candidata da Rede Sustentabilidade disse que outro passo importante para garantir recursos é a realização da reforma da Previdência: “tem estratégia que é a de recuperar credibilidade do País. Mas para que tenha investimentos públicos é fundamental que agente persista no caminho da reforma da Previdência”.

A deputada estadual do PCdoB Manuela D’Ávila representou no encontro a chapa do PT encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva.

A parlamentar defendeu o uso de reservas internacionais como instrumento para garantir recursos para investimentos em infraestrutura: “com aproximadamente 10% do que são as reservas internacionais, junto com recursos privados e do BNDES, podemos chegar a um total de R$ 100 bilhões para investimentos em infraestrutura”.

O candidato do Psol disse que uma reforma tributária poderá fornecer os meios para o investimento em infraestrutura. Guilherme Boulos estimou que só essa medida pode garantir até noventa bilhões de reais por ano para o setor, especialmente com a cobrança de tributos sobre lucros e dividendos.

“Esta reforma tributária que pretendemos fazer tem potencial arrecadatório de R$ 80 bilhões a R$ 90 bilhões ao ano. Apenas a tributação de lucros e dividendos em alíquota de 15% tem condições de arrecadar R$ 60 bilhões ao ano”, explicou.

O candidato do PSDB à Presidência destacou os problemas causados à infraestrutura devido ao tamanho do déficit primário e da dívida pública.

Para evitar riscos à política monetária, Geraldo Alckmin prometeu acabar com essas dívidas em dois anos: “nossa primeira medida é zerar esse déficit em até dois anos, com o crescimento da economia, reduzindo despesa”.

O candidato do MDB à Presidência criticou o tempo de protecionismo e inflação elevada. Henrique Meirelles destacou que é preciso retomar obras paradas para ampliar a criação de empregos: “há no País 7,4 mil obras paralisadas ou quase prontas. É necessário cerca de R$ 77 bilhões para concluir essas obras, acho que é viável”.

O candidato do PDT à Presidência afirmou que a política monetária brasileira dos últimos vinte anos tem afastado os investidores. Ciro Gomes apontou as dificuldades de empresas no cumprimento de pagamentos de dívidas: “é preciso ajudar isso a resolver. Porque o que o mercado financeiro está fazendo é brutal retração”.

Os candidatos receberam da Abdib uma agenda de medidas para melhorar o ambiente para investimentos na infraestrutura. A associação apontou como prioridades a recuperação da capacidade de planejamento no médio e no longo prazo e o aprimoramento das condições de segurança jurídica no país.

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*Informações do repórter Matheus Meirelles

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