Presidenciáveis apresentam alternativas para financiamento da infraestrutura no País
Presidenciáveis apresentam alternativas para o financiamento da infraestrutura que passam por reformas da Previdência, tributária e uso de reservas internacionais.
Cinco candidatos ao Palácio do Planalto participaram nesta segunda-feira (20) de um fórum em São Paulo promovido pela Abdib, associação que reúne as indústrias de base.
A primeira a falar foi Marina Silva, que afirmou que a chave para estimular investimentos na área passa pela recuperação da credibilidade do país.
A candidata da Rede Sustentabilidade disse que outro passo importante para garantir recursos é a realização da reforma da Previdência: “tem estratégia que é a de recuperar credibilidade do País. Mas para que tenha investimentos públicos é fundamental que agente persista no caminho da reforma da Previdência”.
A deputada estadual do PCdoB Manuela D’Ávila representou no encontro a chapa do PT encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva.
A parlamentar defendeu o uso de reservas internacionais como instrumento para garantir recursos para investimentos em infraestrutura: “com aproximadamente 10% do que são as reservas internacionais, junto com recursos privados e do BNDES, podemos chegar a um total de R$ 100 bilhões para investimentos em infraestrutura”.
O candidato do Psol disse que uma reforma tributária poderá fornecer os meios para o investimento em infraestrutura. Guilherme Boulos estimou que só essa medida pode garantir até noventa bilhões de reais por ano para o setor, especialmente com a cobrança de tributos sobre lucros e dividendos.
“Esta reforma tributária que pretendemos fazer tem potencial arrecadatório de R$ 80 bilhões a R$ 90 bilhões ao ano. Apenas a tributação de lucros e dividendos em alíquota de 15% tem condições de arrecadar R$ 60 bilhões ao ano”, explicou.
O candidato do PSDB à Presidência destacou os problemas causados à infraestrutura devido ao tamanho do déficit primário e da dívida pública.
Para evitar riscos à política monetária, Geraldo Alckmin prometeu acabar com essas dívidas em dois anos: “nossa primeira medida é zerar esse déficit em até dois anos, com o crescimento da economia, reduzindo despesa”.
O candidato do MDB à Presidência criticou o tempo de protecionismo e inflação elevada. Henrique Meirelles destacou que é preciso retomar obras paradas para ampliar a criação de empregos: “há no País 7,4 mil obras paralisadas ou quase prontas. É necessário cerca de R$ 77 bilhões para concluir essas obras, acho que é viável”.
O candidato do PDT à Presidência afirmou que a política monetária brasileira dos últimos vinte anos tem afastado os investidores. Ciro Gomes apontou as dificuldades de empresas no cumprimento de pagamentos de dívidas: “é preciso ajudar isso a resolver. Porque o que o mercado financeiro está fazendo é brutal retração”.
Os candidatos receberam da Abdib uma agenda de medidas para melhorar o ambiente para investimentos na infraestrutura. A associação apontou como prioridades a recuperação da capacidade de planejamento no médio e no longo prazo e o aprimoramento das condições de segurança jurídica no país.
Confira a cobertura completa das Eleições 2018
*Informações do repórter Matheus Meirelles
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.