Presidente da Fetrabens defende acordo e pede retorno de caminhoneiros ao trabalho

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2018 11h30 - Atualizado em 28/05/2018 14h09
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Marcello Casal jr/Agência Brasil Greve dos caminhoneiros que parou o Brasil foi organizada pelo WhtasApp

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo (Fetrabens), Norival de Almeida, defendeu o fim da greve após o acordo firmado com o governo federal. A decisão foi elogiada pela categoria, porém as estradas ainda seguem ocupadas.

“Quando foi anunciada a greve eram três as reivindicações: redução do preço do óleo diesel, fim do pedágio para o eixo suspenso e uma tabela de frete. Tudo isso o governo está contemplando. Mas o que mais soou mal é o desconto de R$ 04,6 no litro do óleo diesel. Se pegar isso, um caminhão que roda 12 mil km, ele tem um consumo de 5.200 litros de óleo diesel/mês. Então, só ai o desconto é de quase R$ 2.400,00. Além disso, o gasto de pedágio é de R$ 2.500,00 com o eixo levantado, dependendo o desconto é de até 30%. Uma carreta de seixos eixos economiza de R$ 800,00 a R$ 1 mil. Só nesses dois itens eles estão deixando de pagar R$ 3 mil. É um bom dinheiro dentro do que estamos vivendo. O país precisa voltar à sua normalidade”, explicou Almeida.

O presidente Fetrabens cobrou que a categoria tenha consciência porque tudo foi atendido, pois a população, que até então era favorável à greve, agora está começando a se voltar contra o movimento. “Na hora que falta comida dói. Tem que contestar”, disse.

De acordo Norival de Almeida, a greve foi organizada pelo aplicativo de mensagens WhtatsApp e não envolveu nenhuma entidade representativa. “Essa formação foi feita por eles caminhoneiros. Começou com muita rapidez porque o governo colocou muitos reajustes no óleo diesel em tão pouco tempo”, justificou o presidente da Federação. “O caminhoneiro passou a entender que tem poder para exigir. Antes, ele cobrava só da entidade e ficava esperando”, completou.

Segundo o presidente da Fetrabens, a normalização dos serviços deve ocorrer em até uma semana, entretanto é preciso de uma organização maior da categoria, que segundo ele, tem começado a ser utilizada por atos políticos. “Nós já estamos sendo usados. Está na hora de fazer a nossa parte e o país tem que rodar. O caminhoneiro tem que entender que se na casa dele faltar o alimento, os filhos e a esposa vão chorar de fome”, defendeu Norival de Almeida.

Confira a entrevista completa:

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