Presidente do COB defende adiamento da Olimpíada, mas teme impactos econômicos
Uma decisão esportivamente correta e sensata, mas de muito impacto financeiro para os comitês olímpicos nacionais — entre eles o brasileiro. A avaliação sobre o adiamento dos Jogos Olímpicos de Toquio para 2021 foi feita à Jovem Pan pelo presidente do COB, Paulo Wanderley.
O COB já tinha solicitado ao COI o adiamento dos jogos por entender que a pandemia comprometia a preparação de atletas visando os jogos que estavam programados para julho de 2020. Em nenhum momento, segundo ele, o Brasil pensou em adotar a linha do Canadá — que disse que iria boicotar os jogos se ele fosse mantido.
Se por um lado foi algo correto, por outro o impacto financeiro sobre as finanças do COB foi bastante significativo. O projeto estava orçado em RS 43 milhões: passagens aéreas, convênios no Japão, parcerias, logística, transporte, alimentação, staff, técnicos e profissionais e muto mais. Tudo isso está sendo reanalisado após a decisão.
Existe uma preocupação adicional, afinal de contas a principal fonte de receitas do COB são as loterias. Segundo Paulo, com muita gente em casa diante da pandemia pode ser que haja uma redução na receita nas loterias da Caixa e, consequentemente, uma diminuição do repasse de verbas.
“O grande investidor do esporte brasileiro é a população, em aposta.Esses são os nossos verdadeiros financiadores. E a Caixa é nosso grande repassador”, avaliou. Porém, o COB não pretende pedir ajuda financeira por esse motivo — apesar de não ter seguro para uma eventualidade deste tipo.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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