Presídio onde está Marcola fica em área residencial, critica presidente da OAB-DF
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Délio Lima e Silva Júnior, criticou neste sábado (23) a transferência de Marco Williams Herbas Camacho de Rondônia para uma penitenciária em Brasília. Marcola é apontado como o principal líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), surgida em São Paulo.
O problema, segundo indicou, não é apenas a presença do criminoso na unidade, mas o próprio presídio, que estaria em uma área residencial. “Ao lado, existe uma cidade, praticamente, e faz divisa de muro com o complexo. Nesse local ainda existe uma área desocupada onde está ‘subindo’ um prédio de seus andares, colado no muro.”
Em entrevista ao Jornal da Manhã, Délio afirmou que “uma pessoa que suba nesse prédio [que está sendo construído], com uma arma de longo alcance, atira em quem ela quiser [dentro do presídio], tem alta visibilidade”. A proposta dele é que o estado pague pela construção do presídio para que este seja cedido pelo governo federal.
Com a cessão do espaço, a unidade receberia presos de menor periculosidade, enquanto a União poderia construir outra sede em lugar mais isolado. “Aqui existe uma peculiaridade. Uma rebelião, um atentado ou alguma coisa do tipo não estaria sendo em qualquer lugar, estaria sendo no centro do poder, onde estão todas as cúpulas.”
As cúpulas a que o presidente da OAB-DF se refere são as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário – que ficam em “radio de 10 quilômetros” de onde agora está detido um dos criminosos mais perigosos do país. A decisão de efetivar a transferência foi tomada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça.
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