Pressão contra May cresce e partido da premiê trabalha para eleger nova liderança
Quem não está empolgando ninguém é a primeira-ministra Theresa May. O tabloide Daily Mirror publica nesta sexta-feira (06) a manchete “Tudo que a gente quer para o Natal é um novo primeiro-ministro”.
E não é só o jornal, que é alinhado com os trabalhistas, que deseja isso. O próprio partido de Theresa May está trabalhando abertamente para eleger uma nova liderança e, consequentemente, derrubá-la do poder.
Hoje um dos políticos mais conhecidos dos Conservadores, Grant Shapps, ex-presidente do partido, confirmou que já tem as assinaturas de 30 parlamentares para lançar uma espécie de moção de desconfiança contra May. Ele precisa de pelo menos 48 parlamentares para levar o desafio contra a primeira-ministra adiante.
A verdade é que até hoje os conservadores não superaram a trapalhada monumental de Theresa May ao convocar eleições antecipadas em junho passado achando que conseguiria ampliar de vez sua maioria e acabar com a oposição trabalhista. Para surpresa de todos, ocorreu o inverso.
A pressão contra a primeira-ministra também é crescente por causa das negociações fracassadas do Brexit até agora e as incertezas que o divórcio europeu está trazendo para o país. E como no regime parlamentarista o chefe de governo está sempre com a cabeça à prêmio, May terá que mostrar uma habilidade ímpar para contornar essa crise política e se manter no poder aqui no Reino Unido.
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