Prevendo problemas, Mendes articula aprovação parcial de reforma política
Diante da falta de acordo no Congresso Nacional, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, tem se articulado nos bastidores para garantir a aprovação de pelo menos parte das propostas da reforma política.
O presidente do TSE disse que nesse momento complicado é preciso reduzir os custos das campanhas. Segundo ele, a ideia é proibir vídeos muito elaborados, imagens externas, e sim focalizar a propagando no candidato com suas propostas de governo: “fazendo isso da forma mais simples possível. Candidato, câmera e microfone. Com isso a gente teria redução de custos. Reduzindo os custos nós podemos ter um fundo público, privado ou misto, mais adequados às nossas realidades atuais”.
A partir do momento em que se reduzir os custos aí sim, o presidente o TSE disse que precisa ser discutida a questão em torno de quem vai financiar essa campanha. Ele lembrou dos problemas enfrentados nas últimas eleições que foram financiadas com doações de pessoas físicas.
Dos 730 mil doadores, cerca de 300 mil ainda enfrentam problemas com a Receita Federal. Desse total, o ministro Gilmar Mendes avaliou que de 30 a 50 mil poderão alegar que prestaram serviços que apareceram como doações. Sobram ainda outros 250 mil doadores que não teriam capacidade financeira, o que indica a utilização indevida de CPFs.
Por conta disso, o ministro, que é favorável a volta das doações de empresas, ressaltou que para o ano que vem vai ser preciso encontrar uma alternativa viável.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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