Previdência dos militares avança no Congresso

  • Por Jovem Pan
  • 30/10/2019 06h44 - Atualizado em 30/10/2019 08h41
  • BlueSky
Claudio Andrade/Câmara dos Deputados CCJ A comissão especial rejeitou duas propostas de alteração e manteve o texto do relator

A comissão especial criada na Câmara dos Deputados para analisar a reforma da Previdência dos militares concluiu, nesta terça-feira (29), a votação da proposta. Por ter sido aprovado em caráter terminativo, o projeto pode seguir direto para análise do Senado.

A oposição, no entanto, acredita que tem apoio suficiente para realizar mudanças no texto, e já recolheu as assinaturas necessárias para que, antes, ele tenha que passar pelo crivo do plenário da Câmara.

É o que explica o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). “O governo vai perder essa matéria no plenário da Câmara. No destaque, específico, ele vai conseguir vencer no conjunto da proposição, mas ele vai perder no destaque que nós apresentamos que garante direitos para a base da hierarquia militar”, afirmou.

A análise da reforma da Previdência das Forças Armadas na comissão especial foi concluída em meio a manifestações de militares que, dentro da sala do colegiado, chamavam o governo e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) de traidor.

É a mesma avaliação que faz o ex-líder do PSL na Câmara, o deputado Delegado Waldir. “Ontem eu vi uma publicação de uma hiena nas redes sociais do presidente da República. Quem é a hiena, neste momento, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica? Dos praças? É o governo, é o próprio presidente da República, é o PSL sob o comando do filho do presidente”, criticou.

A questão é que o governo se viu obrigado a orientar contra um destaque apresentado pelo PSOL que estendia o aumento de gratificação a todos os militares e acabava com a diferenciação por cursos e qualificações. Isso porque a mudança geraria um impacto considerável na previsão de economia com a reforma.

Para o relator do projeto, deputado Vinícius Carvalho (Republicanos-SP), o texto aprovado está bem próximo ao ideal. “Amadurecemos bastante, conseguimos construir pontes, conseguimos avançar muito no que diz respeito à proteção social e frisei isso bem tanto às Forças Armadas quanto às polícias e bombeiros militares, não são instituições militares de governo, são representantes do Estado brasileiro.”

O fato é que, mesmo com as mudanças feitas pelo relator no projeto encaminhado pelo Palácio do Planalto, a previsão de economia com a reforma dos militares ao longo da próxima década permanece na casa dos R$ 10 bilhões. 

*Com informações do repórter Antonio Maldonado

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.