Primeiro teste de HIV registrado no País chega às farmácias de SP, MG e ES nesta segunda

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2017 07h52 - Atualizado em 10/07/2017 09h29
Marcelo Camargo/ABr HIV Até o fim do mês, o Action será vendido em drogarias do País para ajudar, segundo especialistas, a democratizar o diagnóstico

O primeiro auto teste de HIV registrado no Brasil chega às farmácias de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo nesta segunda-feira (10). Até o fim do mês, o Action será vendido em drogarias do País para ajudar, segundo especialistas, a democratizar o diagnóstico.

O produto da empresa Orange Life gira em torno de R$ 70 e funciona de forma parecida com o teste de gravidez. Só que, neste caso, o paciente usa uma gota de sangue em uma filipeta com reagentes, explicou a responsável técnica da fabricante, Larissa Coelho: “já vem com todos os acessórios disponíveis para realizar o teste”.

O resultado demora de 15 a 20 minutos para sair. Mas o teste só deve ser feito 30 dias depois do possível contágio. “Todas as informações estão na bula, de maneira muito clara, após 30 dias do possível contágio e, em caso negativo, refazer o teste após 30 dias”, disse. E, no caso de positivo, procurar um médico.

Está aí uma polêmica sobre esse auto teste. Até o momento, testes de HIV eram feitos somente com intermédio de profissionais de saúde em laboratórios e centros de referência. Mas a psicóloga Paula Napolitano joga luz a um contra-argumento: “hoje já não é uma sentença de morte, a pessoa tem toda uma possibilidade de tratamento”.

O Infectologista do Emilio Ribas, Jean Gorinchteyn, também aprovou a entrada no mercado do teste, mas não deixa de alertar para a possibilidade de falsos positivo e negativo. E sugeriu a repetição do teste: “geralmente em 30 dias tenho quantidade suficiente de anticorpos para positivarem o teste, mas algumas pessoas não o fazem em 30 dias”.

Portanto, se o resultado der positivo, recomenda-se confirmá-lo com um teste de laboratório. Em caso de resultado negativo, o teste deve ser repetido.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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