Prisão de Rogério 157 “não é a solução” para o fim da violência no RJ, diz Pezão

  • Por Jovem Pan
  • 30/10/2017 09h57
Fernando Frazão/Agência Brasil Fernando Frazão/ Agência Brasil "Estamos com todos os maiores chefes do tráfico de complexos presos. Todos transferidos e em presídios federais. Mais de 60 chefes do tráfico transferidos", disse Pezão

Com as Forças Armadas há mais de 30 dias atuando na Rocinha e o policiamento reforçado no Rio de Janeiro como um todo, ainda há o questionamento a respeito das constantes mortes no Estado. Nos últimos dias, uma turista foi morta, um adolescente foi baleado e não resistiu, um pai de família morreu em frente a mulher e filha, um comandante da Polícia Militar foi assassinado, dentre tantos outros casos.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o governador Luiz Fernando Pezão reafirmou que o Estado vive dificuldades, assim como todo o País, mas ressaltou que o RJ tem mais dificuldades que outros entes da Federação, como é o caso de São Paulo. “Em São Paulo o crime é centralizado em uma só facção. É diferente aqui. Aqui temos três grandes facções brigando por controle”, disse.

Um dos principais nomes procurados pela Polícia no momento é o do traficante Rogério 157. Questionado se a prisão do chefe do tráfico seria a solução para o problema do Estado, Pezão negou. “Não é a solução. Estamos com todos os maiores chefes do tráfico de complexos presos. Todos transferidos e em presídios federais. Mais de 60 chefes do tráfico transferidos. Isso se repõe rapidamente. Outro dia era o Nem [da Rocinha]. Prendemos mais de seis seguranças do Rogério 157. Infelizmente o consumo é muito grande. É impressionante hoje o que se fuma e o que se cheira”, justificou.

O governador atribuiu ainda à crise financeira o aumento da criminalidade no Rio de Janeiro. “Vivemos grande crise financeira. Precisamos colocar mais policiamento. O Rio tinha sistema onde a gente comprava hora de folga dos policiais e não podemos mais fazer isso. Dão baixa cerca de 2 mil policiais por ano. É uma grande crise financeira e só vamos poder reestabelecer isso esperando por esses dias, colocar a parte financeira em dia e poder contratar. É um problema e volto a afirmar, é um problema de todas as grandes capitais. RJ tem divulgação muito maior de seus problemas, a cobertura daqui é muito diferente”.

Confira a entrevista completa:

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