Justiça dos EUA arquiva processo contra policial acusado de matar homem negro em abordagem

  • Por Jovem Pan
  • 17/07/2019 08h02 - Atualizado em 17/07/2019 08h23
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Reprodução/Internet Vídeo mostra momento da abordagem policial

A justiça dos Estados Unidos decidiu não levar adiante um processo contra o policial nova-iorquino Daniel Pantaleo, envolvido na morte de um homem em 2014. Ele e outros integrantes de uma equipe policial acusaram um homem, Eric Garner, de vender cigarros ilegalmente, mas a abordagem gerou discussões e os agentes usaram força física para realizar a prisão.

O policial Pantaleo aplicou um golpe mata-leão no homem, que repetiu 11 vezes que não conseguia respirar. Mesmo assim, o movimento continuou sendo aplicado pelo policial. As investigações determinaram que o policial Pantaleo manteve o golpe por 7 segundos e que o homem manifestou dificuldade para respirar depois de solto.

O laudo concluiu que Garner morreu depois de um ataque de asma causado por asfixia.

Testemunhas gravaram o momento da morte de Garner, imagens que geraram repercussão internacional e projetaram o movimento Black Lives Matter – em tradução livre, Vidas Negras Importam. De acordo com a procuradoria, o norte-americano resistiu à prisão e, por isso, a equipe tinha permissão para recorrer à força física.

Apesar disso, o procurador federal Richard Donaghue explicou que as investigações não encontraram provas suficientes para justificar a acusação.

Familiares, amigos e ativistas dos direitos civis criticaram a decisão da Justiça. Em uma coletiva de imprensa, a mãe de Eric Garner, Gwen Carr, classificou a resolução como absurda. A mulher completou que o Departamento de Justiça falhou e garantiu que vai continuar lutando para responsabilizar o culpado pela morte do filho. “É um ultraje, um insulto. Vocês mataram meu filho e não sairão ilesos. E permaneci quieta durante esses cinco anos, mas eu não permanecerei quieta a partir de agora”, afirmou.

Garner tinha 44 anos quando morreu durante a abordagem policial, no dia 17 de julho de 2014. Desde o ocorrido, o agente Daniel Pantaleo cumpre funções administrativas mas, com a conclusão da justiça Federal, o Departamento de Polícia de Nova York vai decidir se demite ou aplica algum tipo de punição a ele.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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