Procon, empresas e prefeitura discutem nesta terça uso de patinetes em SP

Depois do início da fiscalização da prefeitura de São Paulo, ficou mais difícil encontrar patinetes elétricos pelas principais vias da capital paulista

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2019 07h58 - Atualizado em 04/06/2019 10h45
Estadão Conteúdo O diretor executivo da Fundação Procon SP, Fernando Capez, afirma que o objetivo do encontro é buscar um consenso entre todos os lados

Depois do início da fiscalização da prefeitura de São Paulo, ficou mais difícil encontrar patinetes elétricos pelas principais vias da capital paulista. As cenas de vai e vem dos veículos de duas rodas nas calçadas e ciclovias da cidade foram substituídas por faixas e canteiros vazios. Na avenida Paulista, por exemplo, a impressão é de estranheza desde o início das novas regras.

Para a vendedora Renata Ourabi, as medidas impostas tiraram a praticidade das pessoas, mas são necessárias. “Tem coisas que a gente vê que é uma questão de bom senso, mas tem que estar na lei. Então acho que uma educação nisso é legal. Já que tem acidentes, então vamos educar as pessoas sobre como se locomover e usar o aparelho, é importante”, disse.

Já a jornalista Adriana Ramos acredita que os patinetes são mportantes para melhorar a mobilidade urbana, mas destaca que medidas de segurança são indispensáveis. “É muito importante a regulamentação. Eu acho que é um meio de transporte que exige segurança, eu acho que o capacete deve ser exigido sim e deve ser usado”, afirmou.

A obrigatoriedade do uso de capacete foi a única regra imposta pela prefeitura que acabou sendo barrada pela Justiça. Segue valendo na capital paulista a proibição do uso do patinete nas calçadas, com circulação restrita a ciclovias, ciclofaixas ou ruas com limite de velocidade de até quarenta quilômetros por hora, sendo que os veículos só podem trafegar a vinte quilômetros por hora.

Nesta terça-feira (4), o Procon de São Paulo, a Secretaria Municipal de Mobilidade e empresas de aluguel de patinete vão se reunir para discutir as regras.

O diretor executivo da Fundação Procon SP, Fernando Capez, destaca o objetivo do encontro. “Vamos buscar o consenso entre a livre iniciativa e um novo modal de transporte para a população e não existir uma anarquia absoluta em que cada um faz o que quer. Esse meio termo é o essencial e é isso que vamos buscar”, disse. Fernando Capez destacou que pode-se discutir uma substituição do capacete por um limitador de velocidade.

Além do cumprimento das novas regras, a prefeitura de São Paulo exige que as empresas responsáveis pelos patinetes elétricos estejam cadastradas para operar na capital paulista.

*Com informações do repórter Matheus Meirelles

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