Procura por álcool em gel e produtos de higiene dobra na internet e preços disparam

  • Por Jovem Pan
  • 16/03/2020 06h23 - Atualizado em 16/03/2020 08h03
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RÔMULO MAGALHÃES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO uso de mascaras A Associação Paulista de Supermercados garante que os supermercados estão com estoques normalizados

O medo do coronavírus provocou uma corrida às farmácias, porém esse movimento em busca de produtos de higiene disparou também no comércio eletrônico.

As vendas online de gel antisséptico cresceram 165% em fevereiro, segundo um levantamento do site Compre e Confie. No mesmo período, as compras pela internet de nebulizadores e inaladores aumentaram 177%.

Com o aumento da procura, muitos consumidores já notam uma alta também nos preços. O empresário Latif Jatene percebeu que o álcool gel está mais caro e, ainda assim, não conseguiu encontrar.

“Não é hábito, a gente adquiriu recentemente por conta do coronavírus. Mas também está difícil, não tem no mercado. A gente comprava antes por R$ 5,50, mas da última vez tava R$ 9,50 e não tinha.”

A professora Débora Ali Milo procurou em várias farmácias e também não encontrou. Ela está preocupada porque frequenta o ambiente hospitalar para visitar o pai, que está internado.

“Procurei saber lá perto do hospital, em todas as farmácias estão em falta, não tem em nenhuma. O que nós estamos usando é o do hospital, já que tem no quarto, na banheiro, na porta, no elevador. Vou ver agora se eu encontro.”

O site JáCotei, que compara preços em sites brasileiros, observou o preço médio de um frasco de álcool gel de 500 ml subir de R$ 16, no fim de fevereiro, para cerca de R$ 42 no começo de março.

O presidente da comissão externa de combate ao coronavírus da Câmara dos Deputados, Luiz Antonio Teixeira, defende o tabelamento de preços de álcool gel e máscaras cirúrgicas. “A população hoje está enfrentando aproveitadores, que aumentam esses preços em mais de 100% sob risco da população carente não conseguir estar protegida.”

A Associação Paulista de Supermercados garante que os supermercados estão com estoques normalizados. A APAS afirma que percebeu um aumento na demanda por produtos de higiene, mas toda a cadeia de abastecimento vem trabalhando para que os itens não faltem nas prateleiras.

*Com informações do repórter Renan Porto

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