Procurador-geral da Colômbia renuncia ao cargo após libertação de ex-guerrilheiro das Farc

Após a renúncia de Martinez, o presidente da Colômbia, Iván Duque, retornou a Bogotá

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2019 07h14
EFE O ex-combatente foi preso em abril de 2018, suspeito de participar do tráfico de 10 toneladas de cocaína para os Estados Unidos

O procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martinez, renunciou ao cargo, nesta quarta-feira (15), após a libertação do ex-líder das Farc, Jesús Santrich. O ex-combatente foi preso em abril de 2018, suspeito de participar do tráfico de 10 toneladas de cocaína para os Estados Unidos.

Na contramão das expectativas, a Jurisdição Especial para a Paz ordenou que Santrich fosse libertado. De acordo com o tribunal, não foi possível comprovar se o envio dos entorpecentes ocorreu antes ou depois do acordo de paz.

A Procuradoria, no entanto, afirmou que irá apelar à Corte por considerar que Santrich cometeu o crime já com o pacto de paz em vigor.

O acordo firmado em 2016 estabelece que os crimes cometidos por guerrilheiros após a data da assinatura serão julgados pela Justiça comum. Neste caso, Jesus Santrich não teria direito ao julgamento pelo tribunal de paz.

A libertação do ex-combatente aumentou a tensão entre o tribunal e o governo colombiano. O procurador-geral afirmou que as evidências contra Santrich são inequívocas.

Após a renúncia de Martinez, o presidente da Colômbia, Iván Duque, retornou a Bogotá com urgência. O presidente pede que o Tribunal Especial não considere o crime de narcotráfico como passível de anistia.

*Informações da repórter Larissa Coelho

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