Procurador-geral de Justiça: crítica sobre “proteção” ao PSDB em SP “não tem procedência”
O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), escolheu, na última semana, Gianpaolo Smanio para permanecer como procurador-geral de Justiça do Estado, que toma posse nesta segunda-feira (16).
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Smanio esclareceu o que deve ser feito nos próximos dois anos à frente do cargo em relação à Operação Lava Jato no Estado, e defendeu que não há “proteção” a nomes do PSDB. “Recebemos investigações abertas e estamos trabalhando com aquilo que veio da Lava Jato de Curitiba e do Supremo Tribunal Federal para fazer as investigações e estas implicam em acordos de leniência, delações premiadas”, disse.
Sobre as denúncias contra o PSDB serem pouco ativas, Gianpaolo Smanio disse que é uma crítica “que não tem procedência” e justificou: “temos mais de 100 investigações que envolvem o Metrô, Rodoanel, todos os partidos, inclusive do governo. Todos foram indiciados, tem ações penais, ações civis, conseguimos voltar dinheiro. Não há procedência”, disse.
Na questão do cartel de trens e Metrô em São Paulo, foram apresentadas várias denúncias, mas uma foi extinta pelo STJ. Questionado se as denúncias estão fundamentadas, Smanio disse que sim e que há muitas com resultado favorável.
“As ações judiciais têm esse trâmite, decisões do STJ, dos tribunais, mas olha, não é verdade que não tenham condenações. Estou com uma em mãos, que é datada de fevereiro e que determina aos condenados e construtoras da Linha 5 a devolução de mais de R$ 300 mi ao Estado. Quando são desfavoráveis nós recorremos. Tem muitas ações propostas e muitas com resultado já favorável. Não se trata mesmo dessas questões. Muitas pessoas já estão nas varas dos tribunais”, explicou.
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