Procuradoria reforça pedido de condenação contra Lula por caso do sítio em Atibaia
O Ministério Público Federal reforçou o pedido de condenação para o ex-presidente Lula e mais 12 réus na ação penal da operação Lava Jato que investiga obras feitas em sítio localizado em Atibaia, no interior de São Paulo.
A manifestação da Procuradoria ocorreu na etapa de alegações finais, última parte do processo antes da sentença. Faltam ainda os apontamentos da Petrobras e dos advogados dos acusados.
O Ministério Público aponta que há “farta prova documental” de que o ex-presidente era “proprietário de fato e possuidor” do sítio.
O local recebeu reformas bancadas pelo pecuarista José Carlos Bumlai, pela OAS e pela Odebrecht.
O petista, porém, nega ser o dono do imóvel e ter sido beneficiado pelas empreiteiras. O local está em nome do empresário Fernando Bittar.
No documento, o Ministério Público pede que os réus percam os bens ou valores obtidos por meio dos crimes, além da reparação dos danos à Petrobras no valor de R$ 155 milhões.
Como o recesso do Judiciário, que ocorre entre os dias 20 de dezembro e 6 de janeiro, as defesas têm até 7 de janeiro para apresentar as alegações finais.
A juíza federal Gabriela Hardt, que substituiu Sérgio Moro, deve ser a responsável pela sentença de Lula, porém, está em andamento um concurso para definir o novo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Lula é acusado por 10 crimes de corrupção passiva e 44 de lavagem de dinheiro. O ex-presidente continua preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão por condenação no caso do Triplex do Guarujá.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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