Professores precisam de incentivos para atuar em “áreas desafiadoras”, aponta novo estudo

  • Por Jovem Pan
  • 12/06/2018 06h44
Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens Cláudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, explicou que atrair professores mais qualificados evita a desigualdade na educação

Um novo estudo orienta que professores precisam de incentivos para atuar em locais com mais desafios no Brasil.

O relatório “Políticas Eficazes para Professores: Compreensões do PISA” foi publicado nesta segunda-feira (11) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As escolas brasileiras têm 22 alunos por professor no primeiro ano do ensino médio.

No entanto, de acordo com o documento, o impacto do tamanho de turmas não é o principal fator de desgaste dos professores.

Cláudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, explicou que atrair professores mais qualificados evita a desigualdade na educação: “o que o relatório recomenda é que se dê incentivos, se pague mais a professores que atuarão em áreas desafiadoras, o que faz todo sentido”.

O estudo diz que a maioria dos países do PISA tem alocado mais professores a escolas consideradas desfavorecidas. No entanto, a ação nem sempre resulta em melhor qualidade do ensino.

Na prática, a organização diz que os efeitos positivos de aumentar o número de professores não adiantam se não for levada em conta a questão da qualidade do professor.

A educadora Cláudia Costin lembrou que é preciso mudar o cenário atual do professor, oferecendo o reconhecimento social que o profissional merece.

De acordo com a OCDE é preciso aliviar a carga horária de ensino ampliando o tempo para o professor preparar aulas, oferecer orientação pedagógica e fazer atividades para o próprio desenvolvimento profissional.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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