Programa de passagens a R$ 200 deve começar em agosto e poderá ter cashback na taxa de embarque
Nomeada de Voa, Brasil, a iniciativa concederá o benefício a quatro viagens por ano e Gol, Azul e Latam já aceitaram fazer parte, de acordo com o ministro Márcio França
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, voltou a falar sobre o programa Voa, Brasil, que promete passagens aéreas a R$ 200 para estudantes, funcionários públicos e aposentados que recebam até R$ 6,8 mil. A ideia também é que o usuário receba de volta cerca de 50% do valor da taxa de embarque. O programa deve entrar em vigor a partir do segundo semestre de 2023. O benefício será restrito a quatro passagens por ano a cada usuário. O ministro destacou que pelo menos três companhias aéreas já aceitaram fazer parte do benefício: Gol, Azul e Latam. O próximo passo é conversar com os aeroportos para viabilizar o programa. “As companhias estão se acordando. Há um certo consenso de que não tem como fazer desconto da taxa de embarque, o que foi objeto da concorrência. Mas eles estão propondo um cashback. Ou seja, eles devolveriam um valor para cada um que embarcasse para a pessoa consumir no próprio aeroporto algo em torno de 50% da taxa de embarque, ou paga pagar seu táxi para ir para a casa. Enfim, as próprias empresas fariam isso”, declarou França.
O ministro de Portos e Aeroportos também disse que, se não houver esse tipo de benefício as pessoas que viajam pouco ou que nunca viajaram de avião não vão se interessar pelo transporte aéreo. Márcio França também ressaltou que, até o final do ano, o ministério pretende entregar 21 obras em aeroportos regionais e que em 2024 a expectativa é de que 24 obras sejam entregues. O Governo Federal também planeja atrair companhias aéreas internacionais para promover passagens aéreas de baixo custo ao consumidor. O objetivo da proposta é aumentar a competitividade destas companhias com as empresas brasileiras a partir de voos considerados mais simples.
“Pelo menos uma já deu certeza, e a segunda deve vir para o Brasil. Nós teremos então a disputa sadia de empresas que fazem voos mais baratos e em condições mais simples. As poltronas são menores, o voo não tem nenhum tipo de serviço, a não ser que seja pago. Mas no mundo todo existe isso e dá uma diferença enorme, porque eles viajam com 91% de passageiros na média e 100% na temporada”, explicou França. O ministro não confirmou quais companhias viriam ao Brasil, mas entre as opções existem empresas do Reino Unido, Argentina, Irlanda, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos.
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto
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