Promotoria investiga caso de mãe que vestiu filho de escravo para festa
O Ministério Público do Rio Grande do Norte abriu uma investigação para apurar o caso da mãe que vestiu o filho de escravo para uma festa de Halloween. A Promotoria de Justiça da Defesa da Criança e do Adolescente instaurou o procedimento que vai transcorrer em segredo de justiça, por envolver uma criança.
A polícia civil também quer ouvir esclarecimentos da mãe. O jovem, de apenas nove anos, participaria de uma festa no colégio e a mãe decidiu pintar o filho com tinta marrom e fantasiá-lo de escravo. A mulher usou maquiagem para criar “marcas” de chicotadas e cobriu a criança com roupas brancas e correntes.
Na tarde de segunda-feira, ela publicou as fotos do garoto nas redes sociais e muitos usuários a criticaram dizendo que a fantasia era racista. Logo após a repercussão negativa, o Colégio CEI Romualdo, onde aconteceu a festa de Halloween, emitiu uma nota. A escola lamentou a escolha do traje e declarou que a instituição não compactua com expressões de racismo ou preconceito.
Em meio à polêmica, a mãe também se manifestou em tom irônico, mas na sequência a publicação foi apagada, assim como os perfis dela em todas as redes sociais. Com uma nova conta no Instagram, apenas para amigos, ela publicou um pedido de desculpas na terça-feira. A mãe escreveu que jamais teve intenção de ofender alguém e disse estar extremamente arrependida.
Procurada pela Jovem Pan, ela não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto.
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