Proposta de fusão entre Fiat e Renault aquece mercado europeu

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 28/05/2019 10h45
EFE A fusão deve resultar em uma economia bilionária nos custos de operação de ambas.

A proposta de fusão entre duas das maiores montadoras de automóveis do mundo agradou investidores e até governos que não se bicam aqui na Europa.

A FIAT-Chrysler apresentou ontem o plano para unir forças com a Renault no que poderá se tornar a terceira maior empresa do mundo no setor.

A fusão deve resultar em uma economia bilionária nos custos de operação de ambas.

Esse recurso é considerado crucial para os investimentos no setor de pesquisas e desenvolvimento das empresas.

A avaliação é de que as montadoras se complementam, já que a ítalo-americana tem acesso ao mercado americano e a francesa está mais avançada no desenvolvimento de veículos elétricos.

Representantes das duas empresas se encontraram ontem em Paris para discutir a proposta, que repercutiu positivamente no mercado de ações.

Os governos dos dois países, que tem trocado acusações há vários meses, também demonstraram interesse no acordo.

O governo francês, que é dono de 15% da Renault, declarou que a fusão seria uma resposta aos desafios trazidos por um contexto globalizado e que empresas gigantes precisam ser criadas na Europa.

Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro italiano, por sua vez, também demonstrou interesse no acordo e ressaltou que ele precisa gerar mais empregos na Itália e fortalecer a posição da FIAT.

De modo geral, as montadoras estão sendo pressionadas aqui na Europa para acelerar a produção de veículos elétricos e reduzir as emissões de gases poluidores.

E isso tem impulsionado a colaboração entre as gigantes do setor.

Caso a fusão de fato se concretize, Fiat-Chrysler e Renault teriam uma divisão igualitária de ações, 50% para cada lado, e ficariam atrás apenas de Volkswagen e Toyota entre as maiores no setor automotivo.

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