Propostas de Lula são ‘mentirosas’ e PEC da Transição é ‘estelionato eleitoral’, diz Jordy
Deputado federal afirmou que votará contra a proposta apresentada pela equipe de transição PT para manter o Auxílio Brasil em R$ 600; parlamentar também criticou o possível aumento no número de ministérios
O deputado federal reeleito Carlos Jordy (PL-RJ) concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, neste sábado, 5, e classificou a PEC da Transição – Proposta de Emenda à Constituição que visa custear programas de benefícios sociais fora do teto de gastos – como a ‘PEC do estelionato eleitoral’. Na visão do parlamentar, as propostas apresentadas pelo Partido dos Trabalhadores durante a campanha eleitoral foram mentirosas por serem inexequíveis. “O relator do orçamento, senador Marcelo Castro, já sinalizou que, para que sejam efetivadas essas propostas, seriam necessários R$ 200 bilhões a mais, ou seja, furando o teto de gastos”, disse. Ao mencionar a fala da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, após declaração de que o povo brasileiro “contratou” as promessas petistas, Jordy disse que a legenda de esquerda vendeu algo que não tinha. “E agora querem, na atual legislatura, conseguir esses recursos para colocar em prática essas promessas de campanha. É óbvio que vamos votar contra”, declarou.
O parlamentar relembrou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou propostas para furar o teto de gastos durante a pandemia da Covid-19. “Não nos parece prudente que agora, nesse momento, nós façamos uma PEC que irá desvalorizar o real, vai criar inflação e irá gerar endividamento à máquina pública”, opinou. Jordy também ressaltou que um possível aumento no número de ministério aumentará os gastos públicos, o que terá impacto na economia. A respeito de uma possível aproximação do Partido Liberal – o qual está filiado, bem como o presidente Jair Bolsonaro -, o parlamentar disse que essa possibilidade não existe. “Caso esse cenário seja concretizado, de Lula tomando posse, o PL vai ser o maior partido de oposição da história do país, vai ser um partido que fará uma oposição contundente e firme. Não concordamos com nada do que o próximo presidente propõe ao país”, opinou, após declarar ser favorável a expulsão dos quadros partidários que sinalizarem apoio à futura gestão petista.
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