Protesto marca sessão solene que homenageou os 131 anos da assinatura da Lei Áurea

A Lei que oficializou o fim da escravidão foi assinada pela princesa Isabel em 1888

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2019 08h34 - Atualizado em 15/05/2019 10h56
Michel Jesus/Câmara dos Deputados O ato foi marcado por protestos do movimento negro, que não aceita o título de redentora dado a princesa

A sessão solene na Câmara dos Deputados que pretendia homenagear os 131 anos da Lei Áurea nesta terça-feira (14) foi marcada por tumulto e protestos. A Lei que oficializou o fim da escravidão foi assinada pela princesa Isabel em 1888.

O ato foi marcado por protestos do movimento negro, que não aceita o título de redentora dado a princesa.

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL), descendente da Princesa Isabel, presidiu a sessão solene e ao discursar, relativizou a escravidão, argumentando que há registros da prática em vários momentos da história. O deputado ainda defendeu que a abolição só foi possível graças ao que chamou de “consciência cristã” que prevaleceu na sociedade, ressaltando um protagonismo da igreja no processo.

O deputado foi vaiado por manifestantes e o discurso foi interrompido por gritos de “parem de nos matar” entoados por ativistas do movimento negro presentes no plenário.

A deputada Talíria Petrone (PSOL) criticou à homenagem a princesa Isabel e lamentou o que chamou de desconhecimento histórico dos colegas deputados.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) também esteve presente na sessão solene e defendeu a valorização e preservação da história da princesa Isabel.

*Informações da repórter Victoria Abel

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