Protestos dos ‘coletes amarelos’: Governo francês faz série de reuniões para controlar crise
Os protestos na França dos “coletes amarelos” – ou “gillets jaunes” como são conhecidos – continuaram nesta segunda-feira (03). Manifestantes bloquearam acessos a 11 depósitos de combustível da petrolífera Total e pelo menos 75 postos da empresa ficaram sem gasolina,
Além disso, estudantes em todo o país fizeram greve em mais de 100 escolas.
Os protestos em Paris e em outras cidades da França no final de semana foram marcados por depredações e vandalismo. O movimento que começou há três semanas pede o impeachment de Emmanuel Macron depois do aumento do preço da gasolina e da perda do poder aquisitivo da classe media baixa da população.
No domingo, o presidente francês foi ver o saldo negativo depois de mais um dia de violência. Em todo o país 136 mil pessoas foram às ruas, sendo que 630 foram presas e 263 ficaram feridas, entre elas 81 policiais.
Um dos manifestantes diz que Macron ama os poderosos, os ricos e que ele não está nem aí para os pobres.
O Arco do Triunfo, um dos principais pontos turísticos da cidade foi pichado com os dizeres “fim do regime” e que os “coletes amarelos vão triunfar”. Muitos carros foram incendiados, lojas de grife foram saqueadas e caixas eletrônicos quebrados, um verdadeiro caos.
O ministro das finanças Bruno le Maire disse que a economia já sofre as consequências dos protestos, principalmente em Paris. A renda dos pequenos varejistas caiu de 20% a 40%, as reservas dos hotéis diminuíram entre 15% e 25%, enquanto restaurantes sofreram queda de 20% a 50%.
Nesta segunda, o primeiro-ministro Édouard Philippe recebeu os responsáveis de outros partidos políticos e os próprios “coletes amarelos” para buscar uma saída para a crise.
Entretanto, representantes do movimento já marcaram o próximo ato, sábado que vem (08) em frente ao Palácio do Eliseu.
*Informações do repórter Victor Moraes
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