Protestos violentos marcam 1º de Maio pelo mundo

As comemorações não ficaram restritas ao Velho Continente

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2019 07h03 - Atualizado em 02/05/2019 10h24
EFE Na América do Sul, a violência esteve presente no Chile, onde bombeiros tiveram até que controlar um incêndio

Protestos violentos marcaram as comemorações do dia 1º de maio na França. Manifestações dos “coletes amarelos” terminaram em confrontos com a Polícia no Dia do Trabalho, especialmente em Paris. Centenas de pessoas foram detidas pelos policiais franceses.

O Ministério do Interior estimou que mais de 150 mil pessoas foram às ruas para protestar, sendo 40 mil somente na capital.

Grupos de black blocs entraram em choque com os agentes de segurança. Foram lançadas bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para conter os vândalos. Manifestações de centrais sindicais também foram convocadas. Houve bloqueios espalhados por toda a cidade.

O efetivo mobilizado superou a marca de sete mil homens. Várias regiões parisienses tiveram que ser isoladas para evitar quebra-quebra. Com isto, os pontos de maior concentração foram: Praça da República, Praça da Itália e o bairro de Montparnasse, onde a tensão foi ainda maior.

O movimento dos “coletes amarelos” teve início devido ao aumento do imposto sobre o combustível no país, mas agora refletem uma insatisfação social mais ampla. O grupo questiona a diminuição do poder de compra e os impostos sobre a classe média. Vale lembrar que anteriormente protestaram por 24 finais de semanas consecutivos.

Além de Paris, outras cidades francesas também foram palco de manifestações: Marselha, Nantes, Bordeaux, Lyon e Montpellier.

A Grécia ficou sem transporte ferroviário, balsas e outros serviços; em Berlim, na Alemanha, uma ação satírica; na Turquia, mais de 100 pessoas foram detidas em Istambul. Em São Petersburgo, na Rússia, bandeiras estampavam o rosto de Lênin.

A tropa de choque italiana também teve muitos problemas para conter opositores a construção de um trem de alta velocidade que ligará Turin, na Itália e Lyon, na França.

Mas as comemorações não ficaram restritas ao Velho Continente. Por todo o mundo houve atividade no Dia do Trabalho.

Em Hong Kong, houve dezenas de prisões; em Calcutá, na Índia, um apelo para salvar a constituição; em Java Ocidental, na Indonésia, ocorreram pichações; em Joanesburgo, na África do Sul, um partido usou a data para mobilizar eleitores uma semana antes das eleições nacionais.

Em Bagdá, no Iraque, a manifestação se voltou contra o partido comunista iraquiano; já em Manila, nas Filipinas, a concentração foi em frente ao palácio presidencial.

Na América do Sul, a violência esteve presente no Chile, onde bombeiros tiveram até que controlar um incêndio.

*Informações do repórter Daniel Lian

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