Próximo presidente terá de enfrentar demandas na saúde; especialistas falam em orçamento insuficiente

  • Por Jovem Pan
  • 10/09/2018 06h29 - Atualizado em 10/09/2018 07h22
Pixabay médico O presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, Lavínio Nilton Camarim, disse que as verbas vêm caindo proporcionalmente desde 1989

O próximo presidente da República tem que administrar um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo com desafios do mesmo tamanho. Os hospitais que atendem pelo SUS têm filas, falta de médicos, remédios e também de financiamento. Especialistas ouvidos pela Jovem Pan afirmam que um orçamento de R$ 130 bilhões em 2018 é insuficiente para as demandas.

O presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, Lavínio Nilton Camarim, disse que as verbas vêm caindo proporcionalmente desde 1989. Os hospitais filantrópicos, que complementam o trabalho dos estabelecimentos públicos, têm um pleito antigo: p reajuste do reembolso que o Governo dá quando eles fazem algum atendimento.

O provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Antônio Penteado Mendonça, afirmou que as entidades beneficentes recebem apenas 60% do que deveriam. Entidades ligadas ao tratamento de água e esgoto lembram que o investimento na área conversa com outras prioridades de Governo, principalmente com a saúde pública.

O presidente do sindicato que reúne as concessionárias privadas de saneamento, Alexandre Ferreira Lopes, ressaltou que o tema não está sendo tratado como se deve.

O próximo presidente terá ainda que lidar com a limitação imposta pela emenda constitucional 95, que limita os gastos da União.

Isso ocorre num momento em que cada vez mais pessoas buscam os serviços públicos de saúde; desde 2014, três milhões de brasileiros deixaram de ter planos particulares.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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