PSDB dá liberdade a deputados na CCJ, mas quer alinhar bancada em votação no plenário
Cúpula do PSDB entende que cada deputado tem a liberdade de votar a favor ou contra o Governo Temer na Comissão de Constituição e Justiça que analisa a denúncia da Procuradoria Geral da República, não pedindo alinhamento.
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Ricardo Trípoli, indicou que a bancada deve votar pela admissibilidade da acusação contra a presidência, sinalizando para uma ruptura com o Governo. “Uma solução da bancada. Deve votar 5 a 2. São talentos na CCJ, têm exercido sua função de maneira exemplar. Na questão do plenário, vamos convidar a bancada para definirmos a postura da bancada. Há uma maioria no sentido da admissibilidade, mas não sei quantificar ainda, porque não tivemos a reunião”, disse.
Segundo o presidente interino do partido é preciso refletir os erros cometidos. O senador Tasso Jereissati garantiu a realização de uma convenção partidária para eleger uma nova Executiva, isso lá para agosto.
O entendimento da cúpula tucana é de que há divergências no partido, entre alas mais novas e antigas: “a pressão oficial da revisitação da refundação do partido. A posição de Governo é o que tenho dito, é que não tem consenso, mas o que estou observando é que o partido, por si mesmo, está desembarcando, independente do controle ou da minha vontade”.
Reunião de líderes do partido durou mais de 4 horas no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, na noite desta segunda-feira (10). 16 membros da cúpula do PSDB participaram, entre eles: cinco governadores, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves. O encontrou terminou em pizza, servida num jantar.
*Informações do repórter Felipe Palma
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